Previsão de inflação do consumidor em 12 meses segue em 6,9%, nota FGV
Em julho, a expectativa de inflação dos consumidores para os 12 meses seguintes permaneceu estável em 6,9%, a menor desde janeiro de 2013, quando foi de 6,3%. Em julho de 2016, a expectativa estava em 10%.
"Mesmo com as boas notícias com relação à inflação, os consumidores não alteraram suas expectativas para os próximos 12 meses. A tarefa de ancorar as expectativas de inflação dos consumidores em um patamar mais baixo pode se tornar difícil considerando o aumento do PIS/Cofins para combustíveis e ainda a elevada incerteza no país", afirma, em nota, o economista Pedro Costa Ferreira, da FGV-Ibre.
Em julho, 59% dos consumidores previram uma inflação inferior ao limite superior da meta de inflação de 6% sendo que, destes, cerca de 30% esperam que fique abaixo da meta, de 4,5%.
O aumento na frequência relativa de respostas abaixo de 6% vem ocorrendo ininterruptamente desde dezembro de 2015. Esse movimento se acelerou a partir do terceiro trimestre de 2016. A frequência de respostas nos intervalos superiores ao teto têm diminuído.
A inflação prevista recuou em todas as faixas de renda exceto nas famílias com ganhos de até R$ 2.100,00 que, após sofrer a queda mais expressiva do mês anterior, retorna ao nível próximo ao maio (8,5%). Para os consumidores com maior poder aquisitivo (entre R$ 4.800,01 e R$ 9.600,00) a queda das expectativas se manteve pelo nono mês consecutivo, atingindo 6,1%. Entre os consumidores com renda acima de R$ 9.600, a expectativa de inflação para os próximos 12 meses é de 5%.
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