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BC: Juro do cartão de crédito rotativo sobe em junho e vai a 378,3%

27/07/2017 11h39

A taxa de juros total do rotativo do cartão de crédito subiu em junho para 378,3% ao ano, ante 377,9% em maio (dado revisado de363,3%). O rotativo é a linha de crédito pré-aprovada no cartão e inclui também saques feitos na função crédito do meio de pagamento.


Os dados apresentados pelo Banco Central (BC) continuam captando a vigência da nova regulamentação que limita o prazo de permanência dos clientes no rotativo em 30 dias. No caso de inadimplência, o banco deverá parcelar o saldo devedor ou oferecer outra forma para quitar a dívida em condições mais vantajosas.


Com essa mudança, o BC divulga novas estatísticas. O foco da medida é no chamado pagador regular, que é o cliente que quita a fatura dentro do prazo de vencimento, ou ao menos paga o mínimo de 15%. É sobre esse perfil que recai o maior efeito das medidas que foram anunciadas.


A taxa do chamado rotativo regular ficou em 230,4% em junho, contra 258,5% (revisado de 247,5%) em maio, queda de 28,1 pontos percentuais. Em março, antes das regras entrarem em vigor, essa taxa estava em 431%. O cliente não regular, que não fez o pagamento mínimo, teve taxa de 460,7%, ante 453,9% em maio. A taxa do parcelado foi de 157,8%, contra 160% em maio.


As concessões totais do rotativo de cartão de crédito somaram R$ 14,881 bilhões em junho, baixa de 8,9% perante o mês anterior. Na categoria regular, o volume foi de R$ 7,373 bilhões, com recuo de 2,7%, e na não regular foi de R$ 7,5 bilhões, decréscimo de 14,2%. Dentro do parcelado, a concessão caiu 24,2%, para R$ 3,646 bilhões.


Já a inadimplência na modalidade rotativo foi de 38,9% no sexto mês de 2017, após os 38% em maio. No parcelado, a inadimplência foi de 1,3%, ante 1,7% um mês antes. A taxa média de calote do mercado com recursos livres ficou em 5,6%.


No cheque especial, a taxa de juros cobrada correspondeu a 322,6% ao ano em junho, recuando marginalmente em relação aos 325,1% em maio. Em junho de 2016, a taxa se encontrava em 318,4%.


A inadimplência no cheque especial ficou em 15,2% no sexto mês, após 15,5% em maio.