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EDP Brasil diz ter interesse em fatia da Eletrobras em parcerias

27/07/2017 11h59

(Atualizada às 12h06) A EDP Energias do Brasil tem total interesse em adquirir a fatia da Eletrobras nos três projetos de geração no qual são parceiras: Lajeado, Enerpeixe e São Manoel."São ativos onde gostaríamos de aumentar a participação, se a Eletrobras estiver disposta a vender", disse Miguel Setas, presidente da companhia, em entrevista coletiva sobre os resultados da companhia.


Segundo o executivo, a EDP já "fez a mensagem chegar" à diretoria da Eletrobras. "São ativos que nos interessam. Temos conhecimento dos riscos, a operação está redonda. Achamos que a gestão integrada poderia ser ainda mais eficiente que é hoje", afirmou.


A empresa informou também que foi procurada pela Cemig sobre um interesse em adquirir a Light."Nós temos a obrigação fiduciária de gestão de analisar todas as oportunidades que estão no mercado. A Light é uma como qualquer outra. Temos a obrigação de analisar", disse Setas.


Segundo ele, porém, "há outras oportunidades de crescimento no país que não estão no eixo Rio-São Paulo", e a Light não é a única oportunidade de crescimento em distribuição.Questionado sobre as distribuidoras da Eletrobras que serão privatizadas, Setas descartou a possibilidade. "São ativos que não se enquadram no perfil de risco de nossa companhia", disse.


A EDP Energias do Brasil não tem interesse, neste momento, nos ativos de transmissão das espanholas Abengoa e Isolux, afirmou Setas.Embora a companhia avalie novos ativos de transmissão e também voltar a participar de leilões, o executivo disse que não há nenhuma transação no radar que "possa ser considerada iminente".


Em relação ao segmento de geração, embora existam ativos à venda, Setas disse que "o maior valor que a EDP pode trazer é na construção de usinas novas".


Metas



A EDP está se esforçando para antecipar o cumprimento das metas de perdas regulatórias estabelecidas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), disse Setas.O compromisso da companhia é de atingir as metas até o ciclo de revisão tarifária das suas duas distribuidoras em 2019, mas há um esforço em antecipar isso, segundo o executivo.


Em relação ao desenvolvimento da demanda por energia, Setas disse esperar estabilidade dos patamares atuais até o fim deste ano, sem uma recuperação no consumo da indústria.


A sobrecontratação, porém, deixou de ser um grande problema para a companhia. Segundo Setas, há um pleito das distribuidoras na Aneel para que a sobrecontratação resultante da migração de consumidores do mercado cativo para o livre seja considerada involuntária, e eles tiveram uma "sinalização" de que a agência reguladora vai acatar o pedido.