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Brasil soma 13,5 milhões de desempregados, aponta IBGE

28/07/2017 09h27

(Atualizada às 9h29) A taxa de desemprego no Brasil foi de 13% no segundo trimestre deste ano, de acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgados nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O Brasil tinha 13,486 milhões de desempregados.


O nível de desocupação foi menor do que aquele registrado no primeiro trimestre, de 13,7%, mas ficou 1,7 ponto percentual acima da taxa apurada entre abril e junho de 2016 (11,3%)."Foi o primeiro recuo estatisticamente significativo da taxa de desocupação desde o trimestre outubro/dezembro de 2014", destacou o IBGE.


Analistas de 24 instituições financeiras e consultorias ouvidas pelo Valor Data previam que a taxa de desemprego do país ficaria em 13,3% no segundo trimestre. O intervalo das estimativas ia de 13,1% a 13,6%.


Entre abril e junho, população ocupada era de 90,236 milhões, queda de 0,6% frente ao mesmo período de 2016 (ou 562 mil pessoas menos). Em relação aos três primeiros meses deste calendário, contudo, houve aumento de 1,4%, o que significa 1,289 milhão de pessoas a mais trabalhando.


A população desempregada cresceu 16,4% no segundo trimestre deste ano, na comparação ao mesmo período do ano passado (1,9 milhão a mais), mas diminuiu em 4,9% em relação ao intervalo de janeiro a março (690 mil desempregados a menos).Foi a primeira redução da população desocupada desde o trimestre de outubro a dezembro de 2014, apontou o IBGE.


O rendimento médio real habitualmente recebido em todos os trabalhos foi de R$ 2.104 entre abril e junho, 3% maior que o apurado no mesmo período do ano passado e 1% abaixo do verificado no primeiro trimestre deste ano.


O ganho real dos salários tem sido apoiado, em parte, pela desaceleração da inflação no país. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), deflator da pesquisa, registrou em junho passado sua primeira deflação em 11 anos, de 0,23%.


Já a massa de rendimento real habitualmente recebida por pessoas ocupadas (em todos os trabalhos) somou R$ 185,096 bilhões de abril a junho deste ano, 2,3% maior do que em igual período de 2016 e 0,5% acima do que nos três primeiros meses do calendário atual.