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Dólar completa 5ª semana de baixa com movimento externo

28/07/2017 18h05

O dólar concluiu a quinta semana consecutiva de queda frente ao real. Nesta sexta-feira, dados menos brilhantes nos EUA e renovadas incertezas sobre a capacidade de Donald Trump de avançar com sua agenda econômica pressionaram a moeda frente a várias outras divisas, movimento que se estendeu às operações domésticas.


A expectativa de fluxo ao Brasil também ajudou a manter o real no topo entre as moedas que mais avançam em julho. A participação de estrangeiros em ofertas de ações tem crescido, segundo reportagem de Chrystiane Silva, do Valor, num momento em que a demanda global por risco segue expressiva e a favor de ativos emergentes.


Já no começo de agosto, o foco dos agentes se volta para a votação, na Câmara dos Deputados, da denúncia da PGR contra o presidente Michel Temer, entre outros eventos. A cena política dá sinais de trégua, mas no mercado persistem incertezas.


Estrategistas do Morgan Stanley ainda chamam mais atenção para fatores idiossincráticos como riscos maiores à taxa de câmbio. Os profissionais seguem com recomendação "neutra" para o real. Embora reconheçam o recente noticiário positivo, o risco político ainda é elevado, o que impacta negativamente a agenda de reformas. Sem medidas de correção das contas públicas, o Morgan Stanley acredita que o real dificilmente conseguirá sustentar desempenho melhor que seus pares emergentes. "Cotado abaixo de 3,20 por dólar, o real opera em níveis mais fortes que o implícito pelo cenário externo", diz o banco.


O Morgan projeta que o dólar subirá para R$ 3,35 até o fim do ano e alcance R$ 3,55 ao término de 2018.


Nesta sexta-feira, o dólar comercial fechou em queda de 0,66%, a R$ 3,1341, menor patamar em uma semana.


Na semana, a baixa foi de 0,25%, a quinta seguida. No período, a desvalorização é de 6,12%.


O real sobe 5,76% em julho, melhor desempenho entre 33 pares do dólar.