Dólar se ajusta em alta e é cotado no patamar de R$ 3,16
O dólar opera em alta ante o real nos primeiros negócios desta quinta-feira. Assim como outros papéis emergentes, a moeda brasileira sinaliza um movimento de ajuste, após pressão global de queda do dólar no dia anterior. No entanto, o desempenho do real ainda é pior que dos pares, tendência já observada em dias recentes. No Brasil, parece pesar nos negócios a cautela com a situação fiscal e os desafios para agenda reformista do governo.
Por volta das 9h30, o dólar comercial subia 0,62%, a R$ 3,1653, revertendo mais da metade da baixa de 0,87% da véspera. O recuo de ontem foi balizado pela leitura de que ainda é contido o risco de nova elevação de juros nos Estados Unidos em 2017, enquanto os dirigentes do Federal Reserve (Fed, banco central americano) se mostram divididos sobre a inflação.
O contrato futuro para setembro, por sua vez, avançava 0,33%, a R$ 3,1735.
A alta da divisa americana é um pouco menor ante os principais emergentes. O dólar sobe ante o peso mexicano (0,40%), o rublo russo (0,11%), o rand sul-africano (0,45%) e a lira turca (0,15%).
Os destaques de baixa nesta manhã são as divisas europeias. Isso porque já foi conhecida a ata da última reunião de política monetária do Banco Central Europeu (BCE). O documento manteve um tom cauteloso sobre uma futura diminuição das medidas de estímulo.
Voltando à cena doméstica brasileira, persiste a cautela com a situação fiscal. Ainda há incertezas sobre o apoio político ao ajuste de contas públicas e a agenda reformista, algo que inclui desde a TLP até as novas regras previdenciárias.
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