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Índice de Preços ao Produtor cai 0,99% em julho, aponta IBGE

29/08/2017 10h15

(Atualizado às 10h35) O Índice de Preços ao Produtor (IPP), que inclui preços da indústria extrativa e de transformação, recuou 0,99% em julho, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A taxa de junho foi revisada de queda de 0,21% para baixa de 0,20%.


Com o resultado de juho, o indicador acumula queda de 1,27% no ano e alta de 1,11% em 12 meses. A queda no ano é a segunda maior da série histórica da pesquisa, iniciada em dezembro de 2013. Ela é superada apenas pelo acumulado no ano até abril de 2016 (-1,49%).


O IPP mede a variação dos preços dos produtos na "porta das fábricas", sem impostos e frete, da indústria extrativa e de 23 setores da indústria de transformação.


O índice da indústria extrativa caiu 1,81% em julho, após baixa de 6,67% no mês anterior. Já no conjunto da indústria de transformação, os preços recuaram 0,96% em julho, após alta de 0,02% em junho. Das 24 atividades das indústrias extrativas e de transformação pesquisadas, apenas seis apresentaram variações positivas de preços em julho, contra 16 do mês anterior.


Quando consideradas as grandes categorias econômicas, os preços na porta das fábricas recuaram em bens de capital (-0,62%), bens intermediários (-1,05%) e em bens de consumo (-0,99%). Os bens de consumo duráveis avançaram 0,19%, enquanto os bens semiduráveis e não duráveis recuaram 1,36%. Entre as grandes categorias, os bens de capital foram assim a maior influência, ao retirar 0,59 pontos percentuais do IPP no mês de julho.


Segmentos





O segmento de alimentos teve queda de 2%, o de refino de petróleo e produtos de álcool (-1,38%) e o de outros produtos químicos e metalurgia apresentou recuou de 1,42% no mês passado.


Somente os preços dos alimentos nas portas das fábricas retiraram 0,41 ponto percentual do IPP no mês. A queda de 2% apresentada por essa atividade foi a terceira maior da série, atrás de fevereiro de 2013 (-2,58%) e janeiro de 2017 (2,23%). Os preços dos alimentos registram queda no ano (-6,47%) e no acumulado em 12 meses (-5,57%), ambas as maiores da série histórica da pesquisa.


"É resultado de uma safra boa. Quem mais puxou a queda foi o açúcar, mas o bom clima também aumentou produção de leite e da carne", disse Manuel Campos, analista do IPP.


O grupo de refino do petróleo e produtos de álcool registraram queda de 0,78% no acumulado em 12 meses. Um taxa negativa por esse indicador não ocorria desde dezembro de 2016 (-2,44%). O álcool etílico (anidro ou hidratado) foi destaque, com baixa no preço da gasolina e da safra.


Os outros produtos químicos, por sua vez, tiveram queda de 1,42% no mês, a terceira variação negativa. O acumulado no ano alcançou 1,51%, o que contribuiu para a manutenção da queda de preços acumulada nos últimos 12 meses (-0,16%). As principais variações ocorreram em produtos que não fazem parte dos que apresentam o maior peso de cálculo: "amoníaco", "borracha de estireno-butadieno" e "PEBD".


Veículos





Os preços médios dos veículos automotores na porta das fábricas subiram 0,18% em julho, na contramão do IPP. Foi a 12ª taxa positiva consecutiva. Os preços médios do segmento acumulam alta de 3,09% no ano e de 5,97% em 12 meses.


Segundo Campos, o preço dos automóveis na porta das montadoras subiu ao longo do ano puxado por novos lançamentos e pela alta de custos, reflexo do aumento de preço das metalúrgicas. "O setor metalúrgico aumentou 5,8% os preços neste ano, O mercado chinês aumentou seus preços, então os fabricantes brasileiros também aumentaram", disse o analista, acrescentando que os veículos respondem por 11,5% do IPP.