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Setor de serviços aponta queda menos intensa em agosto

05/09/2017 12h20

A atividade no setor de serviços recuou menos em agosto e caminha para uma situação mais estável, segundo o Índice Gerente de Compras (PMI, na sigla em inglês), divulgado nesta terça-feira (5). O indicador avançou de 48,8 pontos para 49 pontos, no mês passado, maior valor em três meses. Apesar da alta, o PMI segue abaixo dos 50 pontos, o que na pesquisa representa queda no volume de produção.


De acordo com a IHS Markit, que faz o levantamento, os subsetores em que a queda no volume de negócios ficou mais evidente foram aluguéis e transporte, armazenamento e outros serviços. Parte da recuperação no mês foi sustentada por preços mais baixos cobrados pelas empresas, com mais estabelecimentos oferecendo descontos apesar de um aumento na inflação de custo de insumos.


Com o avanço do PMI de serviços e o da indústria ? divulgado na sexta-feira (1)? o PMI consolidado para o Brasil subiu de 49,4 para 49,6 pontos em agosto. E assim como nos indicadores de serviços e da indústria, também alcançou o melhor resultado dos últimos três meses.


Segundo o relatório, os níveis de funcionários nas empresas de serviço diminuíram pelo trigésimo mês consecutivo. Tendo se intensificado e atingido um recorde de alta desde maio, a taxa de redução de empregos foi sólida.


"As evidências indicaram que o número de funcionários foi cortado devido às tentativas constantes de reduzir os custos operacionais", informa a IHS Markit. Os empregos no setor industrial também diminuíram, embora por uma das taxas mais fracas no atual período de 30 meses de contração.


Apesar de ainda se situarem em um patamar inferior aos 50 pontos, as empresas de serviços mantiveram uma visão otimista em relação às perspectivas de crescimento. Quase 62% dos entrevistados relataram expectativas positivas em relação às perspectivas de atividade de negócios daqui a um ano, com o otimismo sendo impulsionado por previsões de melhores condições de mercado, novas propostas, maiores investimentos e taxas de juros menores.


Já na indústria, o otimismo diminuiu, ajudado por preocupações com questões políticas e com a eleição presidencial de 2018.