Maia: Cortar empregos não é fácil, mas às vezes necessário
Durante cerimônia nesta quarta-feira (13) que celebrou a venda de folha de pagamento da Câmara dos Deputados, o presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que a Câmara vem cumprindo seu papel para a retomada da economia. O compromisso, disse, se dá não apenas por meio da agenda de reformas, mas com uma gestão voltada à redução de gastos.
"Cortar contratos e empregos não é fácil, mas às vezes é necessário. Chegou o momento na política brasileira que a transparência deve prevalecer", afirmou Maia.
O presidente da Casa voltou a defender a necessidade de se votar as reformas que, em sua avaliação, são as mudanças que estabelecerão a redução dos privilégios.
"Nós precisamos ter coragem de enfrentar desafios polêmicos e difíceis. Se o Estado brasileiro não for reformado, no futuro é a sociedade que vai pagar essa conta", afirmou.
Reformas
Segundo Maia, a votação da reforma política ainda é possível e o envio de uma eventual nova denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o presidente Michel Temer (PMDB) não pode ser usado como justificativa para impedir que pautas importantes sejam votadas.
Para o presidente da Câmara, a PGR não pode ser responsabilizada pelo atraso na reforma da Previdência. "A responsabilidade da PGR não é aguardar a pauta da Câmara para tomar uma decisão que ela considera madura. Não seria correto nós responsabilizarmos outro poder ou a PGR pelo atraso das votações", afirmou.
"Política é assim. A Câmara dos Deputados é a casa do diálogo, do equilíbrio. Nós vamos construir o equilíbrio em um texto. Eu tenho muita esperança. Tenho consciência das dificuldades que a gente tem para votá-la, mas eu tenho esperança", disse.
Maia afirma defender que a Câmara construa um caminho para que a sociedade veja no Parlamento um instrumento para mudar o sistema político.
Questionado se a reforma política virou um sonho, Maia afirmou que "sonhos viram realidade".
O deputado do DEM negou que o prazo curto para concluir a análise dos pontos da reforma política seja um obstáculo. Para que as mudanças sejam válidas a partir do ano que vem, o texto tem de ser aprovado em dois turnos na Câmara e no Senado até 7 de outubro. De acordo com ele, a grande dificuldade tem sido chegar a um consenso sobre a proposta.
"Se tiver número, dá para votar tudo [da reforma política]. Difícil é quando não tem voto. Inclusive, você tem instrumento para votar o primeiro turno e o segundo turno com menos de cinco sessões. Você tem instrumentos regimentais para resolver isso. O problema não tem sido a questão do tempo, mas a dificuldade de se construir um consenso e um acordo que permita que consigamos 308 votos necessários para mudar o sistema eleitoral", disse.
Refis
Na avaliação do presidente da Câmara, não será possível votar a medida provisória (MP) do novo Refis nesta quarta-feira.
"Não acredito que tenha chance de votar MP do Refis hoje".
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