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Intenção de consumo das famílias tem queda em setembro, aponta CNC

20/09/2017 13h37

A intenção de consumo das famílias em setembro mostrou o menor patamar em oito meses, segundo levantamento da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).


O indicador Intenção de Consumo das Famílias (ICF), anunciado nesta quarta-feira (20) pela confederação, mostrou recuo de 0,7% entre agosto e setembro, para 76,8 pontos, o menor nível desde janeiro de 2017 (76,2 pontos).


Para Juliana Serapio, economista da confederação, o recuo é muito próximo de zero e indica estabilidade na intenção de consumo das famílias. Ela comentou que, na comparação anual, o indicador subiu 6,4% ante setembro de 2016.


"A tendência [de aumento de consumo das famílias] está se fortalecendo, mas de forma lenta. O mercado de trabalho está reagindo, mas com vagas focadas mais no segmento informal", afirmou, acrescentando que as taxas de variação do indicador devem continuar oscilantes e próximas de zero até retomada mais robusta no consumo ? o que deve ocorrer somente em 2018.


Na pesquisa, dos sete tópicos usados para cálculo do indicador, cinco apresentaram recuo entre agosto e setembro. É o caso de emprego atual (-0,7%); perspectiva profissional (-2,1%); renda atual (-1%); compra a prazo (-0,8%) e perspectiva de consumo (-0,2%).


Houve aumento em momento para duráveis (1,4%); e estabilidade de nível de consumo atual. Entretanto, na comparação com setembro do ano passado, houve aumentos em seis tópicos: emprego atual (1,6%); renda atual (1,8%); compra a prazo (8,2%); nível de consumo atual (16,7%); perspectiva de consumo (19,5%); e momento para duráveis (18%). Nessa comparação, o único tópico que apresentou recuo foi o de perspectiva profissional (-3,5%).


Para a especialista, uma retomada mais robusta do indicador só ocorrerá em 2018. Isso porque, no ano que vem, há sinais de que o mercado de trabalho pode reagir de forma mais significativa, com aumento mais robusto de pessoal ocupado ? o que tende a elevar a renda do trabalho e, por consequência, a intenção de consumo das famílias.