Cenário externo puxa juros futuros de médio e longo prazo para cima
As taxas de juros dos contratos de médio e longo prazos voltaram a apontar para cima nesta segunda-feira. Em meio ao cenário doméstico dividido entre otimismo sobre a recuperação econômica e incerteza do lado político, investidores monitoraram os acontecimentos nas praças internacionais, num dia de menor apetite por risco de emergentes.
Os DIs têm operado em alta há dias, puxados pela ressurgência do dólar diante de sinais de maiores chances de aperto monetário nos EUA. O humor externo, catalisador do desempenho positivo de emergentes até semanas atrás, voltou a piorar com aumento de tensões geopolíticas e abertura das taxas de juros nos EUA, conforme os dados americanos levaram agentes financeiros a reprecificar apostas de altas de juros pelo Federal Reserve (Fed, BC americano).
Alguns profissionais seguem lembrando que o "técnico" do mercado ainda abre espaço para altas das taxas, apesar de as posições terem sido amenizadas após o rali dos últimos dias. Paralelamente, os dados mais altos de inflação têm colocado as NTN-B novamente em evidência, algo já percebido por alguns operadores nos últimos dias. Hoje, a FGV informou que o IGP-DI acelerou a 0,62% em setembro, de 0,24% em agosto.
A diferença entre os DIs janeiro/2023 e janeiro/2019 subiu hoje 8 pontos-base, para 231 pontos, ainda em torno de níveis recordes alcançados dias atrás.
Ao fim do pregão regular, às 16h, o DI janeiro/2023 avançava a 9,660% (9,600% no último ajuste). O DI janeiro/2021 subia a 8,970% (8,920% no ajuste anterior).
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