Granulado de alimentos prestes a vencer irá para as escolas, diz Doria
Em entrevista concedida nesta quarta-feira (18) na sede da Cúria Metropolitana de São Paulo e ao lado do arcebispo Dom Odilo Scherer, o prefeito da capital, João Doria (PSDB), anunciou que o granulado produzido a partir de alimentos prestes a vencer será usado por escolas da rede municipal de ensino. O tucano não soube dizer, porém, quantos estudantes receberão o produto, como ou quando o material será entregue.
A ideia anunciada é que o material sirva como uma espécie de complemento alimentar. Entregue no formato de pó, por exemplo, poderia ser usado pela cozinha da escola para produção de bolo.
Segundo o prefeito, empresas ou supermercados ficam responsáveis pela doação dos alimentos prestes a vencer. Esses próprios estabelecimentos fariam o processo que transforma a comida no granulado, também conhecido como "farinatta". Para ele, trata-se de uma opção mais econômica para a indústria e para o varejo do que arcar com os custos de descarte e incineração.
Perdido em números
Doria garantiu que não haverá nenhum custo para a prefeitura, embora a lei recém-sancionada por ele fale na possibilidade de isenções para empresas que aderirem. Na coletiva não ficou claro quem bancaria os custos de embalagem, distribuição e armazenamento, entre outros.
Embora a entrevista com religiosos e outras autoridades municipais tenha sido convocada para anunciar a "política municipal de erradicação da fome", nenhum dos presentes soube informar quantas pessoas efetivamente passam fome em São Paulo. Também não foram fixadas metas para o programa.
Dom Odilo defendeu o esforço de erradicação da fome com a "farinatta", que, segundo ele, vem sendo apoiada há anos pela igreja. Ele disse que não aprova a politização do assunto e disse que fica ofendido quando alguém chama o produto de "ração para pobre".
Num determinado momento da entrevista, Doria repartiu um pedaço de pão com o arcebispo e os demais participantes da mesa principal. Disse que aquele pão era feito de "farinatta" e que era o mesmo que, sem aviso, havia sido servido aos jornalistas anteriormente.
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