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Monitor do PIB indica crescimento de 0,2% em agosto, aponta FGV

20/10/2017 09h34

O Monitor do PIB subiu pelo terceiro mês consecutivo e sinalizou alta de 0,2% para a economia brasileira entre julho e agosto, na série com ajuste sazonal. De acordo com a Fundação Getulio Vargas (FGV), o indicador avançou 0,6% no trimestre móvel encerrado em agosto.


Em nota, o coordenador do Monitor, o economista Claudio Considera, avalia que a economia continuou a crescer em agosto devido não só ao bom desempenho da agropecuária, mas também de segmentos que, apesar de ainda continuarem em níveis muito baixos, já começaram a mostrar sinais de melhora. "É o caso da construção civil e o da formação bruta de capital fixo que são fundamentais para uma recuperação mais consistente da economia a médio e longo prazo", afirma.


Na comparação com o período de junho a agosto de 2016, o Produto Interno Bruto (PIB) no trimestre móvel registrou alta de 1,1%. Pela ótica da oferta, os destaques foram para agropecuária (12%), indústria extrativa mineral (3,5%), indústria de transformação (1,9%), comércio (3,5%) e transportes (2,9%). Apesar de apresentar tendência de alta na ponta, a construção ainda se encontra em significativa retração de 6,0% nessa base de comparação.


O consumo das famílias também subiu 1,8% no trimestre móvel findo em agosto, em relação a igual período de 2016. Esta é a terceira variação positiva do componente após registrar 28 trimestres móveis consecutivos de queda.


O investimento representado pela formação bruta de capital fixo (FBCF) continuou em queda, de 3% no trimestre até agosto, ante igual período de 2016. Segundo a FGV, mesmo com a retração, todos os componentes da FBCF apresentaram melhora com relação as taxas divulgadas no trimestre móvel até julho.


Máquinas e equipamentos continuam na trajetória de crescimento (5,1%), contribuindo com 1,8 ponto percentual para a melhora do indicador. Já o componente de construção, apesar de ainda muito negativo (-8,5%), está em trajetória ascendente pelo terceiro mês consecutivo. O mesmo ocorre com o componente 'outros' que apresentou queda de 4,5% no trimestre móvel até agosto após ter apresentado retração de 6% até julho.