Petrobras diz querer dar mais transparência a tomadas de decisão
O gerente-executivo de governança da Petrobras, Pedro Sutter, disse nesta quinta-feira (26) que um dos principais benefícios da adesão da companhia ao segmento especial de listagem Nível 2 de Governança Corporativa da B3 é ajudar a dar mais transparência ao processo decisório da empresa.
"[A adesão] dá mais transparência e vai ajudar a proteger a companhia de decisões que não buscam melhor interesse da companhia", disse o gerente, durante teleconferência com jornalistas sobre o tema.
Ele destacou que a medida busca trazer o Comitê de Minoritários para dentro do processo decisório, "buscando dar mais garantias de que todo processo decisório vai ser mais transparente".
Questionado sobre as reais mudanças práticas do direito a voz dado aos acionistas minoritários, já que hoje os preferencialistas já se pronunciam durante as assembleias, Sutter disse que o fato de a posição dos minoritários passarem a constar obrigatoriamente nos manuais das assembleias é um mecanismo importante.
Sutter explicou que o Comitê de Minoritários terá o direito de voz em matérias específicas, em que as ações preferenciais teriam o direito de voto, segundo o regulamento do Nível 2 - dentre elas a aprovação de fusões e incorporações da empresa, e contratos entre o acionista controlador e a empresa.
"Caso o acionista controlador tenha voto divergente do minoritário, isso vai ficar transparente", avalia a gerente-executiva de relações com investidores, Isabela Carneiro, também presente na teleconferência. Ela destacou ainda que a adesão da Petrobras ao Nível 2 da B3 não implica em mudanças no controle societário.
Calendário
Segundo Isabela, a companhia passará a divulgar até dia 10 de dezembro, de todo ano, um calendário de eventos societários do ano seguinte. A medida faz parte das mudanças que serão feitas para adequar a governança da petroleira ao segmento especial de listagem Nível 2 de Governança Corporativa da B3.
Segundo ela, o pedido de adesão ao nível 2 da B3 já está acordado com Tesouro, a Procuradoria Geral da Fazenda e com a Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (SEST).
O assunto ainda precisa passar por deliberação da Assembleia Geral dos Acionistas, a ser convocada, e depende da celebração de contrato de participação no Nível 2 com a B3 e a União, como acionista controlador.
Assembleia
A Petrobras espera que a adesão da companhia ao segmento especial governança seja deliberado pela assembleia geral de acionistas ainda este ano, disse Isabela.
A executiva acredita que a adesão trará benefícios tanto à governança da empresa, quanto à percepção de valor por parte dos investidores.
"O Nível 2 dá direito de voto aos acionistas preferenciais. Por conta da Lei do Petróleo esse direito não é possível, mas [o preferencialista] vai passar a ter direito de voz", afirmou a gerente.
Ela explicou que os preferencialistas terão um representante no Comitê de Minoritários - que terá suas atribuições ampliadas e passará a examinar e opinar, em caráter consultivo e não vinculante, sobre matérias em que as ações preferenciais teriam o direito de voto, segundo o regulamento do Nível 2.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.