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Shell promete investir mais de US$ 2 bilhões ao ano no Brasil até 2020

27/10/2017 15h06

(Atualizada às 14h30) O presidente da Shell Brasil, André Araujo, afirmou nesta sexta-feira (27)que o resultado da companhia nos segundo e terceiro leilões do pré-sal, encerrados há pouco, só reforça a importância do Brasil para a petroleira anglo-holandesa.


A empresa arrematou três áreas em consórcios (Sapinhoá, Gato-do-Mato e Alto de Cabo Frio Oeste, todos na Bacia de Santos), sendo dois como operadora, e fez proposta por todas as áreas - com exceção das duas que não receberam ofertas nos leilões.


"O resultado do leilão de hoje só reforça a importância do Brasil [para a Shell]. De todos os blocos que tiveram bid [lances], a Shell participou de todos. Nossa participação foi superativa. Estamos felizes", disse Araujo.


Ele não soube dizer quanto prevê investir nas três áreas que arrematou hoje. Mas disse que "é uma aposta enorme no Brasil, acima dos US$ 2 bilhões por ano que já estamos investindo até 2020".


"A Shell já demonstra apetite pelo Brasil há 104 anos, reforçado nesses últimos anos quando participamos ativamente em Libra e com a aquisição da BG. Acreditamos que o Brasil é um país que oferece condições de investimentos", disse.


Araujo afirmou estar feliz para retomar o projeto de Gato-do-Mato, do qual já possuía participação na área anteriormente licitada. "O projeto tinha sido suspenso e congelado até a questão da unitização e desse leilão. Para nós, é extremamente importante porque tira do freezer um projeto que já poderia estar em andamento há muito tempo", afirmou.


Ele também comemorou o fato de ser operador em duas das áreas arrematadas hoje (Gato-do-Mato e Alto de Cabo Frio Oeste). "Estávamos buscando oportunidade como operador".


Total


O diretor-geral da francesa Total no Brasil, Maxime Rabilloud, classificou o resultado dos leilões do pré-sal como um "grande sucesso". "Mostram o interesse das grandes empresas pelo Brasil", disse, após participar da 2ª e 3ª rodadas de partilha.


Questionado sobre a participação tímida da empresa, que só arrematou uma área (Sul de Gato do Mato, na Bacia de Santos), como sócio minoritário, com 20%, ele disse estar "feliz" com o resultado. "[A negociação da área unitizável de Gato do Mato] vai viabilizar o projeto [de Gato do Mato], é mais um marco para a Total, reforçando a presença no Brasil", afirmou.


IBP


Para o presidente do Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP), Jorge Camargo, a competição entre as empresas foi o resultado mais positivo da 2ª e 3ª rodadas de partilha, encerradas na tarde desta sexta-feira. "Algumas áreas não receberam ofertas, mas outras receberam muito. Esse é o grande resultado [dos leilões]. É a chegada de empresas com apetite, competição entre elas", disse.


Ele citou, entre os destaques, a participação da Shell, que arrematou duas áreas como operadora. "Foi muito interessante o resultado."


Questionado sobre a intenção do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, de pautar o fim do regime de partilha, Camargo destacou que o IBP tem preferência pela concessão, mas não vê a partilha como "obstáculo". "A posição do IBP não mudou. Achamos o modelo de concessão mais atraente, mas como ficou demonstrado a indústria trabalha com a partilha também. A partilha não é um obstáculo. O importante é atrair investimentos", afirmou.