FGV: Bens duráveis lideram alta da confiança da indústria em outubro
A confiança do segmento de bens duráveis aumentou 9,4 pontos em outubro ante setembro e liderou a melhora entre as categorias econômicas na sondagem industrial da Fundação Getulio Vargas (FGV).
Com 98,9 pontos, a confiança do segmento é a que mais se aproxima do nível neutro, de 100 pontos. Em outubro, a única categoria a registrar queda foi a de bens intermediários, de 0,3 ponto.
O índice de expectativas da indústria de bens duráveis também deu um salto, de 13,7 para 110,7 pontos. Para a coordenadora da sondagem, a economista Tabi Thuler Santos, o segmento de veículos tem sido responsável pelo bom desempenho dos indicadores dessa categoria econômica.
"Os números da Anfavea [associação que reúne os fabricantes de veículos] mostram saltos na produção e na exportação ante o ano passado."
Nos bens de capital, categoria que elevou a produção recentemente, a confiança aumentou 3,3 pontos (para 95,2 pontos), com melhora expressiva na situação atual (alta de 8,7 para 101,4 pontos), mas queda nas expectativas (-2,2 para 89,3 pontos). Segundo Tabi, há um movimento de substituição do parque produtivo que tem beneficiado essa categoria.
Tabi pondera que, embora as expectativas tenham subido menos ou até recuado em determinados segmentos da indústria, a confiança do setor em geral tem caminhado para a normalidade, distanciando-se dos 90 pontos, considerado um nível de confiança extremamente baixo. Em julho, o indicador geral (ICI) estava em 90,8 pontos. Em outubro, fechou em 95,4 pontos, o maior nível desde abril de 2014. "Essa é uma boa notícia. O ICI sinaliza uma evolução favorável para a produção física nos próximos meses", diz.
Dez de 19 segmentos industriais registraram aumento de confiança, um resultado influenciado pelas expectativas, que melhoraram em apenas sete. A avaliação da situação atual melhorou em 14 de 19 segmentos. Tabi diz que o aumento menor e menos disseminado do indicador de expectativas (IE) não preocupa por causa da melhora expressiva do indicador de situação atual (ISA), que subiu 4,5 pontos, para 95,5 pontos, o que mostra que os industriais têm sentido uma melhora de fato em seus negócios.
A tendência para o setor, diz a economista, é positiva. A média móvel trimestral da difusão indica 51% dos segmentos com confiança em alta. Além disso, a média móvel trimestral do indicador de insatisfação das empresas caiu e está abaixo da média histórica, enquanto o de satisfação tem aumentado, embora ainda siga longe da média.
Outro dado que mostra uma melhora relativa da confiança do setor é o termômetro de difusão entre os segmentos industriais elaborado pela FGV, que indica que 52,6% deles ainda tinham em outubro um nível de confiança baixo em termos históricos. O termômetro varia de confiança muito alta, alta, normal, baixa e muito baixa. A situação, contudo, é melhor que em outubro do ano passado, quando 68,4% tinham confiança muito baixa.
"Há um movimento lento de recuperação da confiança", diz a coordenadora da sondagem. Neste momento, apenas um segmento, o de papel e celulose, tem confiança muito alta, enquanto 26,3% têm nível de confiança considerado historicamente normal.
Nessa parcela estão cinco segmentos: química, metalurgia, informática e eletrônicos, veículos e materiais de transporte. Vale ressaltar que em outubro do ano passado, nenhum setor tinha confiança em nível normal.
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