PIB de 2015 foi 1º da história a recuar em todas unidades da federação
O Produto Interno Bruto (PIB) de todas as 27 unidades da federação encolheu em 2015, na comparação ao ano anterior. Foi a primeira vez, na série histórica iniciada em 2002, que houve variação negativa em todos os Estados e DF.
Segundo as Contas Regionais 2015, divulgadas nesta quinta-feira (16) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as menores quedas foram registradas em Mato Grosso do Sul (-0,3%), Roraima (-0,3%) e Tocantins (-0,4%).
A queda menos intensa do Mato Grosso do Sul foi explicada em boa medida pelo desempenho positivo da agropecuária (10,1%).
Os piores resultados, por sua vez, foram apurados em Amapá (-5,5%), Amazonas (-5,4%) e Rio Grande do Sul (-4,6%).
A economia do Estado de São Paulo, responsável por 32,4% do PIB nacional, recuou 4,1%, enquanto Rio de Janeiro e Minas Gerais - respectivamente segunda e terceira maiores economias do país, com pesos de 11% e 8,7% - encolheram 2,8% e 4,3%, nessa ordem, na comparação com o ano anterior.
Em 2015, o PIB nacional apresentou queda de 3,5%, com desempenho negativo da indústria e dos serviços, e positivo do agronegócio.
Rio
Apesar das obras e empregos gerados na preparação para os Jogos Olímpicos, o PIB do Estado do Rio de Janeiro ficou negativo um ano antes da realização do megaevento esportivo.
O PIB fluminense recuou 2,8% em 2015, na comparação ao ano anterior, de acordo com o IBGE.
Em 2014, o PIB do Rio de Janeiro ainda havia subido 1,5%, acima da média nacional (0,5%) e de outros Estados mais industrializados, como Rio Grande do Sul (-0,3%), Minas Gerais (-0,7%) e São Paulo (-1,4%).
Dessa vez, a queda do PIB do Rio de Janeiro foi um pouco menos intensa do que a média nacional. O PIB brasileiro recuou 3,5% em 2015 (dado revisado de -3,8% na semana passada), de acordo com o instituto.
Com o resultado, a participação do Estado do Rio de Janeiro no PIB nacional foi de 11% em 2015, 0,6 ponto percentual a menos do que no ano anterior. O Rio de Janeiro foi assim a unidade da federação que mais perdeu peso neste aspecto no país.
O PIB do Rio de Janeiro em 2015 foi de R$ 659,14 bilhões.
Os maiores impactos vieram das indústrias, comércio, manutenção e reparação de veículos automotores e motocicletas e atividades profissionais, científicas e técnicas, administrativas e serviços complementares foram as atividades, informou o IBGE.
A indústria fluminense foi impactada pelo resultado do segmento extrativo, já que o Estado possuía 64% de participação na extração de petróleo brasileira em 2015. O setor viu seu valor se reduzir em função da redução do preço do barril de petróleo no mercado internacional.
Brasília x Maranhão
O PIB per capita, um das medidas de padrão de vida usadas por economistas, seguiu com grandes diferenças regionais em 2015. O Distrito Federal foi a unidade da federação com maior PIB per capita do país, de R$ 73.971,05. Maranhão teve o menor, de R$ 11.366,23.
O indicador, que consiste na divisão do PIB pelo número de habitantes, consta nasContas Regionais 2015, divulgadas nesta quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O PIB per capita do Distrito Federal é 2,5 vezes maior que o PIB per capita nacional. Os outros maiores PIB per capita são, na ordem: São Paulo (R$ 43.694,68), Rio de Janeiro (R$ 39.826,95), Santa Catarina (R$ 36.525,28) e Rio Grande do Sul (R$ 33.960,36).
Os Estados com maior PIB per capita do país não mudaram suas posições no ranking em relação a 2002. O Mato Grosso foi o que mais avançou sua posição na série, passando de décimo primeiro em 2002 para sétimo em 2015.
Maranhão e Piauí (R$ 12.218,51) foram os menores PIB per capita neste aspecto em 2015. Ao longo da série, esses dois Estados alternaram posições, mas nunca deixaram de ter os menores resultados.
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