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Ibovespa tem leve baixa com bancos e dólar pausa sequência de quedas

24/11/2017 14h15

O Ibovespa segue nesta tarde com um movimento ainda levemente negativo, pressionado, por um lado, pelo desempenho em baixa dos bancos, papéis de importante peso no índice, enquanto Vale e Petrobras em alta limitavam perdas.


Às 13h10, o Ibovespa recuava 0,04%, aos 74.457 pontos. O giro financeiro, mais baixo, era de R$ 1,35 bilhão. Na mínima intradia, o índice ficou em 74.208 pontos.


Em um momento em que os investidores estrangeiros têm retirado recursos do mercado brasileiro, o movimento das bolsas americanas ainda continua essencial para os negócios e para dar um ritmo ao índice. Mesmo assim, a expectativa é que a liquidez comece a se reduzir ainda mais nesta tarde, já que as bolsas dos Estados Unidos fecham mais cedo, às 16h (de Brasília).


Entre as maiores quedas, o destaque ficava por conta da Eletrobras PNB (-2,68%), que, para um operador, reage à maior cautela com o papel em dia menos afeito aos negócios e também depois que a companhia ter informado ontem desejar mais prazo para avaliar a venda de suas distribuidoras.


No setor bancário, operavam em baixa Banco do Brasil (-0,82%), Bradesco ON (-0,41%), Bradesco PN (-0,30%) e Itaú Unibanco (-0,47%), enquanto as units do Santander avançavam 0,23%.


Na ponta positiva, Vale ON ganhava 1,08% e Petrobras PN tinha alta de 0,31%.


Do lado dos bancos, operadores voltaram a citar que as ações passam por um período mais crítico, em meio às discussões entre instituições financeiras, governo e donos de poupança e clientes bancários para tentar chegar a um acordo sobre o pagamento de alegadas perdas com os planos econômicos das décadas de 1980 e 1990.


Na quarta-feira (22), a reunião entre esses grupos acabou sem acordo e um novo encontro deve ocorrer na segunda-feira para dar continuidade às negociações. Combinado com a realização de lucros recentes, o tema estimula um movimento negativo para o setor em bolsa, que acaba perdurando hoje.


Câmbio


O dólar sobe desde o início da sessão desta sexta-feira, interrompendo a sequência de cinco baixas consecutivas. O sinal da moeda americana no Brasil é atribuído a uma ligeira correção, em meio à ausência de novos catalisadores locais, enquanto parte dos emergentes opera sob pressão.


As operações mais defensivas também visam evitar a exposição no fim de semana, diante de um noticiário político que tem ganhado intensidade, de acordo com operadores. Ainda assim, o dólar é negociado dentre uma margem estreita, até a máxima de R$ 3,2360.


O principal tema de discussão no Brasil continua sendo a reforma da Previdência. A aprovação da medida ainda é vista com ceticismo, mas a viabilidade de uma votação no começo de dezembro com uma proposta mais enxuta tem trazido algum alívio para os mercados. O desafio do governo é intensificar os esforços para angariar apoio parlamentar e reduzir a rejeição popular contra a medida num curto intervalo de tempo.


Às 13h13, o dólar comercial subia 0,16%, cotado a R$ 3,2280. A semana, por outro lado, foi de queda da moeda americana. No Brasil, a perda é de cerca de 1% no período em questão.


Em boa parte, o movimento dos últimos dias foi justificado por alertas de dirigentes do Federal Reserve (Fed, banco central americano) de que a inflação ainda está baixa no país. Os comentários foram interpretados como sinal de que a instituição deve conduzir a um aperto monetário apenas gradual.


Juros


Os juros futuros registram ligeira alta no início da tarde desta sexta-feira. O avanço do dólar e dos rendimento dos títulos do Tesouro americano abrem espaço para algum ajuste nas taxas, enquanto os investidores aguardam novidades no cenário político.


Às 13h13, o DI janeiro/2021 avançava a 9,210% (9,180% no ajuste anterior).


Entre vencimentos mais longos, o DI janeiro/2023 subia a 10,040% (9,980% no ajuste anterior) e o DI janeiro/2025 registrava elevação a 10,400% (10,340% no ajuste anterior).


Hoje, por exemplo, mesmo com os ajustes nos mercados locais, as taxas curtas seguem ancoradas. O DI janeiro/2019 era negociado a 7,120%, valor igual ao ajuste anterior.