Ibovespa oscila e fecha com leve baixa com foco na Previdência
Até a aprovação da reforma da Previdência Social, que pode ser votada na Câmara dos Deputados no começo de dezembro, os investidores devem continuar mantendo a cautela nas operações no mercado de ações. Hoje, o Ibovespa encerrou o pregão com baixa de 0,13% aos 74.059 pontos e com fraco giro financeiro, de R$ 5,6 bilhões. O índice chegou a cair 1,35% durante o dia e diminuiu as perdas no meio da tarde depois de o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, ter reafirmado que a votação do projeto de mudança na Previdência deve ocorrer neste ano.
Meirelles disse que a idade mínima é "ponto inegociável" da reforma, assim como a criação de uma regra de transição e a unificação dos sistemas previdenciários públicos e privado. Ele também afirmou que é viável votar a reforma da Previdência em 6 de dezembro e que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, tem expectativa de que a reforma será votada em dois turnos ainda neste ano.
A avaliação dos investidores sobre a votação da Previdência é difusa, mas, neste momento, cada passo do governo e do Congresso em torno do tema é monitorado de perto e pode mudar a decisão de investimento em alguns papéis. Segundo a consultoria Eurasia, apenas uma campanha de mídia bem-sucedida nas próximas duas semanas pode virar a maré em favor da reforma da Previdência. A leitura da instituição é de que a medida tem 40% de chance de aprovação.
De acordo com operadores, até a votação da reforma serão os fatores externos que devem direcionar o comportamento da bolsa de valores. Hoje, a queda na cotação do petróleo no mercado internacional e dos contratos futuros de minério de ferro derrubaram o preço das ações de commodities. As ações da Vale recuaram 1,06%, os papéis preferenciais da Petrobras tiveram baixa de 1,43% e as ações ordinárias caíram 1,39%.
Os papéis dos bancos, que também têm grade peso na composição do Ibovespa, fecharam em baixa. Os investidores aguardam um possível acordo entre as instituições e os poupadores que alegam perdas econômicas entre os anos 80 e 90. Hoje, houve uma reunião sobre o ressarcimento das perdas de planos econômicos. Houve avanços em termos dos valores a serem ressarcidos pelos bancos aos poupadores, mas há ainda outras pendências que não foram resolvidas e devem ser discutidas nos próximos dias. Entre as ações que compõem o sistema financeiro, o destaque de baixa foi o Banco do Brasil, que recuou 1,35%.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.