Votação da Previdência é adiada para fevereiro de 2018, diz Jucá
(Atualizada às 18h50) A votação da reforma da Previdência, principal medida do governo do presidente Michel Temer, vai ficar para fevereiro de 2018, quando os parlamentares retornam do recesso. O líder do governo, senador Romero Jucá (PMDB-RR), jogou a toalha nesta quarta-feira após citar um acordo entre os presidentes da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), para dar preferência à votação hoje do Orçamento do próximo ano.
A princípio, o Orçamento só seria votado na próxima terça. Mas a decisão dos presidentes do legislativo, apontou Jucá, inviabiliza qualquer chance de o governo manter os parlamentares em Brasília para votar as mudanças nas regras da aposentadoria. O orçamento, quando votado, é o último ato do Congresso Nacional no ano, com os parlamentares entrando em recesso na sequência.
"Por uma combinação de Eunício e Maia, hoje será votado o Orçamento. Sendo votado, forçosamente não haverá na próxima semana quórum como queríamos para a reforma da Previdência", apontou Jucá.
O líder negou que o governo tenha sido 'traído' pelos presidentes da Câmara e Senado e diz que o governo participou do acordo para deixar a reforma para o ano que vem, pois ainda contabiliza votos para levar a proposta a voto com segurança.
"O Palácio participou do entendimento, conversou com as lideranças e está construindo também o momento certo para a votação".
O governo avalia a viabilidade de uma convocação extraordinária do Congresso Nacional em janeiro. "A reforma vai aguardar mais alguns dias. Pela lógica, fica para o ano que vem, porque mesmo que haja convocação extraordinária, será em janeiro. O que vai se ver é se tem condição para convocação ou se fica para o início de fevereiro [quando retornam os trabalhos legislativos]. Vai depender do mapeamento e presença de parlamentares em Brasília".
Jucá salientou que está se avançando no convencimento da votação, mas admitiu que ainda não há número suficiente. "Hoje mesmo o PSDB fechou questão e outros estão analisando. É preciso que haja tempo para maturar a solução. Não é certa a aprovação ainda. Mas está crescendo o número de votos", apontou. "Vamos agir com responsabilidade e equilíbrio e votar quando tiverem os votos".
Após a votação na Câmara, apontou o líder, espera-se que a proposta caminhe rapidamente no Senado no próximo ano. Ele disse não estar preocupado com a reação do mercado ao adiamento. "O mercado sabe ler a verdade. Sabe que, se hoje vota o Orçamento, na próxima terça não teria 450 para votar a Previdência.
Medidas Provisórias importantes para o ajuste proposto pelo governo também ficarão para o próximo ano, por consequência. "As MPs do ajuste são do ano que vem. O prazo delas é para fevereiro e março. Tem muito prazo para votar. Não vai dar tempo de votar mais nada. A Câmara vai votar a MP que devolvemos ontem [com isenções a petrolíferas] e a capitalização da Caixa", concluiu.
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