Eletrobras quer cortar 3 mil empregados com plano de desligamento
(Atualizada às 9h18) A Eletrobras decidiu promover um Plano de Incentivo ao Desligamento (PID), como parte do Plano Diretor de Negócios e Gestão de 2018 a 2022. Aestimativa é reduzir custos de pessoal em R$ 890,4 milhões em 2018, se houver a adesão de 3.017 empregados. O custo para o desligamento será de R$ 965 milhões.
O plano ocorrerá após a implantação do Centro de Serviços Compartilhados (CSC) e do sistema de gestão PRO-ERP, que promoverá a centralização de áreas administrativas e financeiras. O processo será iniciado nas empresas do Rio de Janeiro e depois nas filiais em Florianópolis, Recife e Brasília.
Para elevar a receita, principalmente da Eletronuclear, a Eletrobras também prevê retomar as obras da usina nuclear Angra 3, com reinício efetivo da construção, negociação com novos parceiros e estudos de readequação da tarifa, além da revisão de contratos e renegociação de financiamentos.
Nos próximos cinco anos, a Eletrobras pretende ainda avaliar oportunidades de emissão de títulos verdes (green bonds) para o financiamento de projetos sustentáveis.
A possível emissão faz parte do compromisso com a Agenda 2030, aprovada em setembro de 2015 pela Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU).
Plano
Onovo Plano Diretor de Negócios e Gestão da estatal, para o período de 2018 a 2022, foi divulgadodurante a madrugada desta segunda-feira (18), em fato relevante à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), com investimentos previstos de R$ 19,75 bilhões.
Deste total, R$ 14,239 bilhões serão direcionados para a geração, transmissão, infraestrutura e distribuição e R$ 5,517 bilhões para as sociedades de propósito específico (SPEs).
Segundo o documento, o novo plano tem como base o Plano Estratégico de 2015 a 2030. A meta é colocar a empresa entre as três maiores globais de energia limpa e entre as dez do mundo de energia elétrica.
No documento, a Eletrobras também reiterou a meta de reduzir a alavancagem, medida pela relação dívida líquida e Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização), de 4,1 vezes no terceiro trimestre de 2017 para menos de 3 vezes em 2018, além de diminuir a taxa de frequência de acidentes de 2,08 em 2016 para 1,38 no próximo ano.
A Eletrobras também lembrou do plano de desestatização, proposto pelo Ministério de Minas e Energia (MME) ao Conselho do Programa de Parcerias de Investimentos da Presidência da República (CPPI), que deverá ocorrer pela subscrição pública de ações ordinárias, sem participação do Governo Federal, que terá sua fatia diluída.
Outros pontos lembrados são a privatização das distribuidoras, submetida à aprovação em assembleia geral extraordinária (AGE), marcada para o dia 28 de dezembro, venda de participação em SPEs, de outros ativos e de imóveis administrativos.
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