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Ibovespa sobe no último pregão do ano e dólar opera na casa de R$ 3,30

28/12/2017 14h52

No último pregão de 2017, o Ibovespa segue com volume financeiro reduzido, mas em alta e no caminho para fechar o ano no patamar dos 76 mil pontos. Os destaques positivos ficam com Smiles e Ecorodovias; na outra ponta, no campo negativo, aparece Localiza, após anúncio de fusão entre Locamerica e Unidas.


O movimento positivo das bolsas em Nova York e o déficit primário de R$ 909 milhões do setor público consolidado, melhor do que o esperado pelo mercado, também sustentam o índice.


Às 13h46, o Ibovespa registrava ganhos de 0,40%, aos 76.376 pontos.Entre as altas do Ibovespa, Smiles ON subia 2,53% após anunciar a redução em 0,6% do preço de transferência das passagens padrão e de 1,5% das milhas vendidas à Gol, com validade a partir de 1º de janeiro..


Ecorodovias ON tinha valorização de 2,29%, ao comprar 42% do capital social da Eco101 detidos pela Centaurus e Grant Concessões e Participações por R$ 46,650 milhões. Como a Ecorodovias já possuía 58% do capital da Eco101, ela passa a deter 100% da companhia.


Localiza ON é o destaque de baixa do Ibovespa, com queda de 1,61%, com o anúncio de fusão entre Locamerica e Unidas, que criará uma empresa com 100 mil carros, 234 lojas de locação de veículos, 72 lojas de seminovos e presença nacional.


Hoje também foi divulgada a terceira e última prévia do Ibovespa, com a inclusão de cinco novas ações a partir de janeiro, Magazine Luiza, Fleury, Sanepar, Iguatemi e Via Varejo. A novidade ficou com a manutenção de Marfrig, que havia sido excluída na segunda prévia. Marfrig ON tinha aumento de 1,27%.


Câmbio


O dólar opera em leve queda nesta última sessão de 2017 no Brasil, num dia positivo para o mercado global de moedas.


Apenas seis divisas se depreciam ante o dólar nesta quinta-feira. O real está no meio da tabela em termos de desempenho. De forma geral, a sessão é de poucos negócios, com investidores já à espera de "trades" para 2018.


O que vai definir o preço do dólar no começo do ano é o resultado do julgamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva - que pode ser declarado impedido de disputar as eleições do ano que vem - e os desdobramentos da votação da reforma da Previdência, prevista para fevereiro.


Até lá, a expectativa é de volatilidade. O cenário externo também terá sua parcela, uma vez que se espera as primeiras sinalizações do novo comando do Federal Reserve (Fed, BC americano), com o início do mandato de Jerome Powell.


Às 13h49, o dólar comercial caía 0,24%, a R$ 3,3036. O dólar avançava 1,63% no ano, o que deixa o real com o terceiro pior desempenho entre as principais moedas.


Juros


Os juros de prazos médios e longos têm leve queda nesta última sessão de 2017 no mercado brasileiro. O movimento vai na direção do que muitos agentes financeiros têm defendido: os prêmios estão muito altos e justificam aplicação nesses trechos da curva.


O intervalo entre 2021 e 2023 é um dos mais citados. Nesse período, a curva de DI embute Selic de dois dígitos, o que para departamentos macroeconômicos e até mesmo tesourarias é pouco provável.


O elevado prêmio decorre das incertezas fiscais e políticas, que no cenário-base de boa parte do mercado podem ser reduzidas à medida que se confirmar a expectativa de fortalecimento de um candidato de centro-direita na campanha eleitoral de 2018.


De toda forma, 2017 foi um ano de importantes retornos para quem aplicou em juros.


Às 13h50, o DI janeiro/2019 operava estável, a 6,880% ao ano. O DI janeiro/2020 cedia 4 pontos-base, para 8,070%.


O DI janeiro/2021 recuava 6 pontos-base, a 9,040%. E o DI janeiro/2023 caía 7 pontos-base, a 9,990%.