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Ibovespa perde força com NY, mas renova recorde

16/01/2018 19h34

A perda de força das bolsas em Nova York perto do fim do pregão azedou o ritmo de alta para o mercado de bolsa local, mas o Ibovespa conseguiu manter um fechamento no campo positivo e renovar máximas históricas, batendo, no intradia, o nível dos 80 mil pontos.


O principal índice da bolsa subiu, nesta terça-feira (16), 0,10%, em novo recorde de fechamento em 79.832 pontos. Na máxima intradia, o mercado também fez novo recorde em 80.246 pontos. O giro financeiro hoje foi de R$ 6,8 bilhões.


Analistas observam que, agora, o Ibovespa encontra nos 84 mil pontos uma nova resistência, mas que deve ser rompida até o fim do ano, com as projeções das principais casas apontando para um fechamento de 2018 em 90 mil pontos.


Isso porque não apenas o crescimento mundial estimula os mercados, com importante fluxo de estrangeiros para os emergentes, como também os fundamentos do Brasil seguem fortalecidos, impulsionando maior alocação em bolsa.


"Tudo aponta para cima neste momento e não temos fatores que interfiram na trajetória", diz Guto Ceravolo, analista gráfico da Guide Investimentos, notando a resistência do Ibovespa nos 84 mil pontos. "Podemos ter uma correção de curto prazo e maior volatilidade conforme se aproximam as eleições, mas o ritmo nunca esteve tão claro em termos técnicos."


Entretanto, a bolsa acabou perdendo força mais perto do fim do pregão de hoje, abandonando do patamar dos 80 mil pontos no fechamento. O movimento foi conduzido por Nova York, onde os índices acionários americanos renovaram máximas históricas no intradia, mas reduziram ganhos ao fim do dia.


A informação que levou à perda de tração generalizada foi a intimação do ex-chefe de estratégia do presidente Donald Trump, Steve Bannon, para depor no FBI. O órgão apura as denúncias de conluio da equipe de campanha do agora presidente dos Estados Unidos com a Rússia, nas eleições americanas de 2016.


Entre os ganhos do dia, "blue chips" importantes como Petrobras PN (+1,73%) e ON (+1,79%) e os bancos, entre eles o Itaú Unibanco PN (+0,92%), garantiram um fechamento do Ibovespa no campo positivo, enquanto as siderúrgicas e a Vale ON (-2,69%) passaram por uma correção mais forte, depois de mostrarem força por sucessivos pregões.