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Petrobras, Vale e Sabesp fazem Ibovespa ir além dos 80 mil pontos

17/01/2018 12h31

As ações da Petrobras dão um impulso adicional ao Ibovespa nesta quarta-feira (17) e contribuem para que o índice permaneça no terreno positivo, mesmo após ganhos expressivos nas últimas sessões.


A perspectiva de que seja definida em breve a questão da cessão onerosa - elemento considerado muito relevante na definição dos preços das ações da Petrobras - leva as ações a renovarem máximas intradia em pelo menos um ano. Às 11h22, a ação PN subia 1,36% para R$ 17,89, e chegou a tocar a máxima de R$ 19,05.


Já o Ibovespa operava, no horário, em alta de 0,42%, aos 80.165 pontos.


Outro papel que tem forte peso sobre o índice, Vale ON, subia 1,21% para R$ 42,81. A despeito da queda do minério de ferro no exterior, que ontem (16) foi argumento para uma correção dessa ação, a mineradora reage aos cenários traçados pela companhia durante reunião com analistas e investidores nesta manhã.


Segundo o diretor de relações com investidores da Vale, André Figueiredo, no pior cenário para commodities (com minério a US$ 55,00 a tonelada), o caixa livre da empresa pode chegar a US$ 6 bilhões em 2020.


Sabesp


As ações da Sabesp lideram as altas do Ibovespa, com o papel ON subindo 3,76%, a R$ 35,35, após a Arsesp, agência reguladora de serviços de saneamento de São Paulo, publicar nota técnica preliminar sobre a fase final do processo de revisão tarifária.


Na primeira fase do processo, encerrada em outubro, o aumento autorizado pela agência foi de 7,9%. A segunda fase tem previsão de conclusão para abril de 2018.


Na noite de ontem (16), a Arsesp anunciou o início do processo de consulta pública da atual fase da revisão juntamente com a nota técnica.


Na nota, o regulador reconhece que parte dos royalties que a estatal paga atualmente a alguns municípios acabará sendo repassada para tarifas.


"Atualmente, a Sabesp paga 7,5% das receitas registradas na cidade de São Paulo para um fundo administrado pela Prefeitura, o que equivale a R$ 500 milhões por ano. Este montante faz parte das despesas da Sabesp e não é reconhecido pelo regulador", diz o relatório do BTG Pactual sobre o assunto, assinado pelos analistas João Pimentel, Antonio Junqueira e Gustavo Castro.


Na visão do banco, qualquer melhoria neste cálculo é extremamente relevante, pois representa parte significativa dos problemas da Sabesp do ponto de vista regulatório.