Local de ato pró-Lula com Dilma em Porto Alegre fica às escuras
Um corte no fornecimento de energia atrasa já em duas horas o início de um seminário na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, que faz parte do programa de manifestações pela absolvição do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4).
O julgamento acontecerá em Porto Alegre nesta quarta-feira (24). Por volta das 11h, a organização informou que o evento seria transferido para a rua, em frente ao prédio, onde um grupo grande aguardava a definição.
O evento "Mulheres pela democracia e pelo direito de Lula ser candidato" deveria iniciar às 9 horas, com a participação da ex-presidente Dilma Rousseff e da presidente nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PR).
Gleisi está na Assembleia. O auditório, com capacidade para 560 pessoas sentadas, ficou lotado e às escuras. Quando a luz acabou, a plateia já estava ocupada e havia gente esperando do lado de fora.
Conforme informações da assessoria da bancada do PT, que preside o Legislativo gaúcho neste ano, o problema ocorreu no gerador, que é acionado quando a rede elétrica convencional não dá conta da demanda por energia. Não há previsão para o retorno da luz.
A deputada Maria do Rosário (PT-RS) disse que o corte na energia foi para prejudicar o ato com Dilma. "Não sabemos se essa falta de energia não é mais uma provocação barata desse governo [estadual, comandado por Ivo Sartori, do MDB]", disse. "Pode ser um boicote de caráter político. Esse método de segurança do governo traz pânico e gera terror."
Segundo a deputada, "cortaram a luz, mas isso só fez com que a gente fosse mais rápido para a rua".
O público do evento é formado majoritariamente por mulheres. Elas usam camisetas com o rosto de Lula, de Dilma e com frases como "Lula, ladrão, roubou meu coração", "Somos todos Lula" e "Não há provas".
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