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Temer pede no Ratinho apoio popular à reforma da Previdência

30/01/2018 01h19

O presidente Michel Temer pediu aos telespectadores do programa do Ratinho, do SBT, que exibiu entrevista com ele na noite desta segunda-feira, que escrevam aos deputados e senadores falando sobre a importância da reforma da Previdência.

"Assim, os parlamentares, sentindo o clamor popular, vão se sentir confortáveis em votar a proposta", afirmou Temer ao final da entrevista, que foi gravada em 18 de janeiro e exibida um dia depois de o presidente ir ao programa Silvio Santos com o mesmo propósito: alcançar apoio popular à reforma.

No programa, Temer voltou a frisar que, se a reforma não for aprovada agora - ele estipulou o mês de fevereiro, no máximo março, para a aprovação no Congresso -, a Previdência quebra, e citou novamente o exemplo da Grécia - como fez durante a apresentação no programa de domingo.

O programa teve algumas perguntas feitas pela população, oportunidade que Temer aproveitou para explicar que a intenção da reforma é acabar com os privilégios e equiparar as aposentadorias do setor público e do privado. O presidente disse que quem hoje recebe o teto do setor público (em torno de R$ 33 mil) ou acima dele não terá redução, em função do direito adquirido, mas talvez tenha que dar uma contribuição para a aposentadoria dos que recebem menos.

Ao responder a uma pergunta de um ouvinte sobre ele mudar as regras durante o jogo, Temer concordou com a analogia, mas disse ser necessária essa mudança para que o cidadão possa no futuro ter a sua aposentadoria.

O presidente, ajudado pelo apelo de Ratinho para que a população entenda a necessidade e importância da reforma, afirmou que, com ela, a economia terá mais um impulso, e até a nota de crédito que as agências de classificação de risco rebaixaram vai voltar a subir. "O rebaixamento não foi devido ao risco Brasil, mas à dúvida sobre a aprovação das reformas", explicou.

Temer ainda alegou que já negociou com o Congresso tudo que podia ser negociado mas que, como é sempre aberto ao diálogo, não estará fechado à negociação após o fim do recesso parlamentar, em 5 de fevereiro.

O presidente ao final disse que, passada a previdenciária, vai se focar na reforma tributária, propondo uma simplificação tributária, à qual, disse, sua equipe já está se debruçando.

Perguntado se, com o "sucesso" de suas reformas, cogitaria tentar novo mandato presidencial, Temer fez graça, dizendo que lançaria Ratinho à Presidência, mas que gostaria de passar à História como o presidente que recuperou o país.