Juros futuros recuam com expectativa de mais um corte na Selic
A poucas horas do anúncio da decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), investidores colocaram mais fichas na possibilidade de o colegiado do Banco Central sinalizar a extensão do ciclo de afrouxamento monetário para março. A probabilidade de corte de 0,25 ponto percentual da meta Selic na reunião do mês subiu de 17% ontem para quase 22% nesta quarta-feira.
Ao fim do pregão regular, às 16h, o DI julho/2018 - um dos mais negociados do dia - tinha taxa de 6,610% ao ano, ante 6,615% no ajuste de ontem.O DI janeiro/2019 caía a 6,805% (6,83% no ajuste anterior).O DI janeiro/2020 cedia a 8,040% (8,07% no ajuste de terça-feira). E oDI janeiro/2021 recuava a 8,870% (8,91% também no ajuste anterior). ODI janeiro/2023, por sua vez, mostrava estabilidade, cotado a 9,59%.
Para a decisão desta noite, as apostas dos investidores indicam uma redução de 0,25 ponto. Com isso, a Selic cairia a 6,75%, deixando para trás o atual patamar de 7%, já uma mínima histórica.
A expectativa se volta para o teor do comunicado que acompanhará o anúncio da decisão. Em termos macroeconômicos, investidores enxergam elementos que justificam o BC manter a porta aberta para novo corte do juro em março. No entanto, não se descarta que o tom do texto reflita a recente turbulência e aumento de volatilidade nos mercados internacionais.
"A combinação entre inflação abaixo da meta e recuperação do crescimento devem levar o BC a continuar reduzindo o juro", diz o BNP Paribas em nota a clientes. O banco francês projeta Selic de 6,5% em março.
O cenário de inflação comportada deverá ser corroborado nesta quinta-feira pelo IPCA de janeiro. Nas contas do mercado, a alta do índice vai desacelerar para 0,40%, depois de 0,44% em dezembro.
Para o UBS, a ociosidade na capacidade instalada continuará elevada apesar da retomada econômica, enquanto as expectativas de inflação seguirão abaixo do centro da meta. "Tudo sugere que a recuperação cíclica da economia é compatível com baixa inflação ao longo de 2018", afirmam economistas do banco em relatório.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.