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Doria diz que PSDB pode ficar fora do 2º turno na eleição a presidente

13/02/2018 02h28

O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou que, se a pré-candidatura do governador Geraldo Alckmin não forjar uma ampla aliança na eleição ao Planalto, o PSDB corre o risco de ficar fora do segundo turno, mesmo sem a presença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na disputa.


Em visita a camarotes no Sambódromo, no segundo dia de desfile das escolas de samba no Rio, Doria disse que a coalizão é "fundamental" e que, se "um candidato de centro não for capaz de aglutinar forças partidárias de outras legendas importantes, o PSDB e esse candidato não irão para o segundo turno".


Doria alertou que é "preciso respeitar também a força que terá Lula mesmo com o agravamento da pena". O ex-presidente, condenado em segunda instância, poderá ficar fora da eleição por causa da Lei da Ficha Limpa.


"O Lula manterá sua candidatura até quando for possível. Quando não for, ele terá um preposto, vai se vitimizar e dizer que votar naquele preposto é como votar nele. O Lula é muito esperto, muito hábil no uso das palavras. Mente com uma formidável categoria. Ainda que não seja o Lula, o candidato do PT pode (chegar ao segundo turno). (Com) o Bolsonaro também é preciso ter respeito", disse.


Sem Lula, o nome do PT mais cotado para substituí-lo é o do ex-ministro e ex-governador da Bahia Jaques Wagner, que tem 2% das preferências segundo o último Datafolha.


Doria minimizou a importância das pesquisas eleitorais no momento, o desempenho de Alckmin e a simpatia do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso pela candidatura do apresentador de TV Luciano Huck. "Não creio que o ex-presidente insista no nome do Luciano Huck", disse.


Doria foi ciceroneado pelo deputado federal Índio da Costa (PSD) e o chamou de prefeito em exercício do Rio, mesmo com o parlamentar fora do governo de Marcelo Crivella. Índio era secretário de Obras e retomou o mandato para concorrer ao governo do Estado do Rio. O vice-prefeito, Fernando MacDowell, estava no Sambódromo, foi cumprimentado, mas ficou fora da representação política da prefeitura. "Ele (Índio) vai ser candidato ao governo. É uma representação mais política", justificou.