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Com dólar em queda, real está entre melhores desempenhos de divisas

14/02/2018 14h44

O mercado brasileiro de câmbio retorna do feriado de Carnaval com sinal mais positivo que a maioria dos emergentes. O dólar opera em baixa nos primeiros negócios da sessão desta quarta-feira, se afastando do nível de R$ 3,30 pelo menos por ora.


O bom desempenho local se deve, em grande parte, ao alinhamento do real ao ganho dos emergentes nos últimos dois dias. O período em que os mercados brasileiros estavam fechados foi marcado por melhora dos ativos de riscos, após dias de turbulência em Wall Street.


Nesta segunda-feira, o real tem o segundo desempenho mais positivo entre as principais divisas globais, ficando atrás apenas do rand sul-africano. O ambiente externo, em geral, volta a ser de queda do dólar após reação inicial de alta da moeda americana após os dados de inflação dos Estados Unidos.


Divulgados no final da manhã, os principais indicadores de preços nos EUA subiram em janeiro. Por outro lado, os salários reais dos trabalhadores americanos caíram 0,2% na comparação com dezembro, sinalizando ainda um ambiente inflacionário contido no país. Essa particularidade tende a amenizar a preocupação com o aperto monetário do Federal Reserve.


Por volta das 13h40, o dólar comercial caía 0,97%, a R$ 3,2689, tendo tocado mínima em R$ 3,2624.


Com o movimento da abertura daqui, o real fica entre os dez melhores desempenhos da semana. A lista é encabeçada por rand sul-africano e rublo russo, que também se beneficiam do avanço das commodities nos últimos dias.


O ajuste no câmbio também ajuda na queda dos juros futuros. A taxa projetada pelo DI janeiro/2021 cai a 8,830% (8,900% no ajuste anterior), enquanto o DI janeiro/2023 aponta 9,600% (9,680% no ajuste anterior).


Com isso, a diferença de juros longos para mais curtos volta a cair, indicando a redução do prêmio embutido na curva. A inclinação entre o DI janeiro de 2023 e o DI janeiro de 2019 opera a 2,920 pontos percentuais, de 2,935 pontos na sexta-feira.


Os investidores também devem operar de olho na ata do Copom, que será divulgada amanhã. A taxa básica de juros, a Selic, foi reduzida de 7% para 6,75% ao ano na última decisão. E no comunicado que acompanhou o anúncio, o colegiado indicou que o corte mais recente tenderia a ser o último deste ciclo, a não ser que o cenário mude até o próximo encontro. Até o fim da semana passada, o mercado de juros futuros precificava chance de até 30% de um corte adicional de 0,25 ponto percentual da taxa em março.