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Dólar avança e opera acima de R$ 3,26 em linha com cena externa

22/02/2018 09h41

O comportamento do dólar e dos juros futuros na manhã desta quinta-feira ainda reflete a reavaliação do cenário econômico dos Estados Unidos. O dólar comercial e as taxas dos DIs operam em leve alta enquanto os investidores globais avaliam o risco de um aperto monetário mais duro pelo Federal Reserve (Fed, banco central americano).Ainda assim, os movimentos são apenas moderados, como na maioria dos mercados emergentes.


Na quarta-feira, a ata da última reunião do BC dos Estados Unidos trouxe um tom mais otimista com o crescimento da atividade e expectativa de maior velocidade de convergência da inflação para a meta. Com isso, é justificada a percepção de quem espera quatro altas dos juros americanos em 2018.


No entanto, o cenário para emergentes segue benigno já que o aperto monetário não seria suficiente para abalar os efeitos positivos vindos do crescimento econômico nos EUA.


Às 9h37, o dólar comercial operava em alta de 0,12%, cotado a R$ 3,2649. Já o contrato de dólar para março caía 0,18%, a R$ 3,2690. Essa diferença ocorre porque o mercado de futuros capturou uma reação mais ampla à divulgação do relato do Fed ontem, uma vez que seu fechamento é mais tarde que o do segmento à vista.


As demais moedas de mercados emergentes operavam com variações contidas, diante da leve alta do dólar. A moeda americana sobe 0,11% ante a lira turca, 0,05% ante o rublo russo e 0,33% diante do rand sul-africano. O peso mexicano, por sua vez, é uma das 14 moedas globais numa lista de 33 papéis que ganham terreno frente ao dólar


Os juros futuros também se ajustam em ligeira alta. A taxa projetada pelo DI janeiro/2021 era de 8,560%, ante 8,530% no ajuste anterior. Já o DI janeiro/2023 era negociado a 9,490%, de 9,460%.


Os vencimentos mais curtos têm avanços ainda mais contidos. Além da avaliação do cenário externo, os investidores contemplam a possibilidade de novo corte da Selic e esperam um cenário de juros baixos por algum tempo num ambiente de inflação baixa. O IPCA-15 de fevereiro, que será divulgado amanhã, deve servir para calibrar apostas para a trajetória da Selic.