Magazine Luiza vai testar serviços para lojistas do portal
O Magazine Luiza vai testar neste ano um projeto piloto de prestação de serviços mais avançados aos lojistas na área de entrega do seu portal de vendas na internet, o "marketplace". O comando esteve na manhã desta sexta-feira (23) em teleconferência de resultados com analistas.
Por volta das 13h, a ação subia 5,96%, cotada a R$ 86,27.
Atualmente, os lojistas hospedados no marketplace da empresa têm disponível o Magalu Entrega. Com isso, podem usar a carteira de empresas de entrega da rede, como Correios, para o envio de mercadorias.
Mas, a partir deste ano, começam a ser testados serviços mais avançados, em que o lojista poderá, por exemplo, hospedar mercadorias nos centros de distribuição do Magazine Luiza, que fica responsável pela logística do envio. Isso dilui custos e aumenta o controle da empresa sobre nível de serviços do marketplace.
"A ideia é testar isso neste ano e fazer o roll-out [expansão do plano] em 2019", disse ao Valor, Frederico Trajano, presidente da empresa, em entrevista após a teleconferência.
O Magazine Luiza ainda pretende avançar ? sem dar prazo para isso ? no oferecimento de serviços financeiros para lojistas do marketplace.
Hoje, o vendedor hospedado no site pode antecipar recebíveis por meio de serviços prestados pela Stone da rede, portanto, sem participação da varejista. "Em breve queremos, por meio da Magalu Pagamentos, fazer esse desconto ao 'seller' [lojista] com taxas competitivas", disse o diretor financeiro, Roberto Bellissimo Rodrigues.
A fase mais avançada desse projeto será o oferecimento de linhas de financiamento para os lojistas do marketplace, e isso pode ocorrer por meio do fechamento de uma futura parceria com alguma instituição financeira, disse ele, como braço de financiamento.
Novas lojas
A rede pretende abrir mais lojas neste ano do que em 2017, quando inaugurou 60 pontos, mas não mencionou números. OValorapurou que esse volume de aberturas deve chegar a 100 unidades ? a empresa não confirma a informação.
A companhia disse esperar aumento de vendas mesmo com a base forte de comparação de 2017 ? no ano passado, as vendas líquidas subiram 26% para R$ 11,9 bilhões.
A diretoria ainda ressaltou que o ganho de capital veio do giro do estoque e não do prazo médio de compras. Em dezembro, a necessidade de capital de giro ajustado ficou negativa em R$ 914,7 milhões, com destaque para a melhoria do giro dos estoques (melhorou de 72 dias no quarto trimestre de 2016 para 69 dias em igual período deste ano).
Frederico Trajano disse ainda que o Magazine Luiza vai investir parte da eficiência obtida em nível de serviço. "Isso tem um certo efeito em margem, mas não é nada significativo. No nosso caso, vamos usar parte de um ganho operacional e financeiro em nível de serviço, o que acaba, de certa forma, tendo algum efeito sobre em margem, mas é um reflexo pequeno", disse Trajano aoValor.
Questionado por analistas sobre investimentos em pessoal, a rede disse que cerca de 30% da folha de pagamentos, excluindo funcionário de lojas e centro de distribuição, referem-se ao laboratório de tecnologia (Luizalabs).
A empresa teve resultados operacionais acima do projetado pelo mercado. No quarto trimestre, o lucro líquido totalizou R$ 165,6 milhões (margem líquida de 4,6%), alta de quase 260%.
Em 2017, o lucro líquido atingiu R$ 389 milhões, alta de 360% (e margem líquida de 3,2%), o melhor resultado desde a abertura de capital, em 2011.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.