Dólar fecha em queda após discurso do Fed
O aguardado discurso do novo presidente do Federal Reserve (Fed, BC americano), Jerome Powell, surpreendeu o mercado pela falta de elementos mais "hawkish". Com isso, o dólar perdeu valor no mundo todo, inclusive no Brasil. Na queda de braço entre entusiastas e pessimistas com a moeda americana, o Fed tratou de inclinar a balança para o lado de um dólar ainda mais fraco.
No fechamento, a cotação no Brasil recuou 1,19%, a R$ 3,2684, na maior queda desde a baixa de 1,20% do último dia 6 - quando o STJ rejeitou habeas corpus preventivo ao ex-presidente Lula.
No exterior, o dólar caía forte ante euro (-0,82%), iene (-0,52%) e várias divisas emergentes: peso mexicano (-1,82%), rand sul-africano (-1,09%) e lira turca (-0,61%).
Bruno Foresti, gerente de câmbio do Banco Ourinvest, chama atenção para as declarações de Powell sobre a inflação. Na visão do presidente do Fed, não há sinais de que os EUA estão à beira de uma aceleração intensa dos preços.
Foresti lembra que as previsões para inflação nos EUA tiveram pouca mudança a despeito da melhora das estimativas para o PIB e mercado de trabalho. "Tudo indica que a pressão sobre os preços é muito gradual, porque há capacidade na economia americana", diz o gerente de câmbio.
Embora contratos futuros nos EUA ainda sugiram chance de quatro altas de juros neste ano, é provável que cada vez mais analistas consolidem apostas alinhadas à do Fed.
Ilya Gofshteyn, estrategista de câmbio do Standard Chartered em Nova York, vê mais duas altas de juros americanos neste ano, além da de hoje. Sem aperto "agressivo" na política monetária dos EUA e diante do crescimento global sincronizado, Gofshteyn vê continuidade de fluxos para mercados emergentes, com o Brasil em posição de destaque.
"Apesar da volatilidade por causa das eleições, ainda vemos chance de o dólar ir a R$ 2,90 até o fim do ano", afirma.
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