Após rondar R$ 3,77, dólar abranda alta e opera no patamar de R$ 3,73
Após bater o maior nível em uma semana logo nos primeiros negócios desta terça-feira, a R$ 3,7695, o dólar desacelerou a alta. Com esse alívio, o comportamento do mercado brasileiro ficou mais semelhante ao de pares emergentes.
O pico da abertura, quando a cotação avançou mais de 1%, dava sequência ao estresse que tomou os mercados brasileiros no dia anterior diante dos crescentes riscos políticos em torno da greve dos caminhoneiros. Mesmo com o acordo do governo com parte dos manifestantes no fim de semana, a paralisação entra hoje no seu nono dia.
Operadores apontam que disparada dos últimos dias também abre espaço para ajustes, o que explica a perda de fôlego do dólar nesta manhã. Por volta das 9h50, a moeda americana subia 0,20%, a R$ 3,7356, já com alguma distância para as máximas da sessão.
O contrato futuro para junho, por sua vez, avançava a 0,15%, a R$ 3,7420.
Além das incertezas no cenário brasileiro, o mercado também é pressionado hoje pela alta global do dólar, impedindo uma correção mais ampla. Numa lista de 33 divisas globais, apenas o iene japonês ganhava terreno contra o dólar. O real tinha uma colocação de meio de tabela, pouco melhor que o peso mexicano e o rublo russo.
O que tende a suavizar os solavancos no mercado é a atuação do Banco Central (BC) no câmbio. Ontem à noite, a autoridade monetária informou que continuará com as ofertas adicionais de contratos de swap cambial no fim de maio e a partir de 1º de junho. Além disso, dará início já no começo do mês que vem aos leilões para a rolagem integral do vencimento de swap cambial de 2 de julho de 2018, que totaliza 175.230 contratos.
No exterior, voltam a pesar as incertezas associadas ao cenário político na Europa. Nos últimos dias, o aumento das tensões políticas na Itália tem elevado a expectativa de que ocorram novas eleições para o parlamento, o que poderia fortalecer a Liga Norte e o Movimento 5 Estrelas, considerados contrários à união monetária. Além disso, o cenário político na Espanha tem levado à discussão da destituição do primeiro-ministro, Mariano Rajoy.
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