Economia brasileira abre 2018 com crescimento de 0,4%
(Atualizada às 10h43) A economia brasileira registrou expansão de 0,4% nos três primeiros meses de 2018, em relação ao último trimestre do ano anterior, feitos os ajustes sazonais.Foi o quinto resultado positivo após oito quedas consecutivas nesta base de comparação, conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Com o desempenho, a atividade do paísvoltou ao mesmo nível observado no primeiro semestre de 2011, entre o primeiros e segundo trimestres daquele ano, informou Rebeca Palis, coordenadora de Contas Nacionais do instituto."É como se estivéssemos, hoje, no mesmo patamar de geração de renda de 2011", resumiu.
De outubro a dezembro de 2017, o Produto Interno Bruto (PIB) do país cresceu 0,2%, perante os três meses antecedentes, após revisão - originalmente, houve crescimento de 0,1%.
O resultado do início de 2018 ficou acima damédia apurada pelo Valor Datajunto a 24 consultorias e instituições financeiras, que apontava para crescimento de 0,3% no período. O intervalo das estimativas ia de alta de 0,2% a 0,5%. O desempenho ficou no sentido contrário daquele apontado peloÍndice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), de queda de 0,13% no primeiro trimestre de 2018.
Em valores correntes, o PIB somou R$ 1,6 trilhão.De janeiro a março deste calendário, pelo lado da oferta, a Agropecuária foi destaque, com crescimento de 1,4%, mas ficou abaixo da estimativa coletada pelo Valor Data, de 1,7% de alta. Indústria e Serviços tiveram alta de apenas 0,1%.
Pelo lado da demanda, o consumo das famílias teve elevação de 0,5%.A demanda do governo recuou 0,4% e a formação bruta de capital fixo (FBCF, um indicativo de investimentos em máquinas, construção civil e pesquisa) subiu 0,6%. As previsões eram de avanço de 0,1% para ambos tipos de consumo e de 0,5% para os investimentos.
No setor externo, as exportações de bens e serviços registraram ampliação de 1,3%, enquanto as importações cresceram 2,5% em relação ao quarto trimestre de 2017.
O IBGE também apontou que a taxa de investimento foi de 16% nos três meses até março de 2018.
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O PIB brasileiro avançou 1,2% entre janeiro e março deste ano, em relação ao mesmo intervalo do calendário anterior, registrando o quarto resultado positivo seguido neste tipo de confronto, apontou o IBGE.
A Agropecuária voltou a chamar a atenção, mas, neste caso, por ter desempenho negativo - registrou baixa de 2,6%. A Indústria e Serviços tiveram desempenho parecido - com avanço de 1,6% e 1,5%, respectivamente.
O IBGE mostrou que a despesa de consumo das famílias subiu 2,8%, o quarto trimestre seguido de avanço na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior. A alta se deve ao comportamento dos indicadores de crédito para pessoa física, bem como das taxas de inflação e de juros mais baixas que as registradas no primeiro trimestre de 2017, observou o instituto. A despesa de consumo do governo, no entanto, retraiu-se, em 0,8% no comparativo com os três primeiros meses do calendário anterior.
A formação bruta de capital fixo, por sua vez, teve alta de 3,5% entre janeiro e março, decorrente do aumento da importação de da produção de bens e serviços, explicou o IBGE.
Com relação ao setor externo, as exportações apresentaram avanço de 6%, enquanto as importações subiram mais - 7,7%.
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