Grupo francês Nexans revisa desempenho do ano e ações têm queda de 15%
A postergação de projetos de alta voltagem, menor demanda por novos investimentos e custos adicionais causados por decisões desfavoráveis da Justiça devem derrubar o resultado das Nexans, fabricante francesa de cabos, durante o ano.
A empresa informou hoje que seu lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) provavelmente recuará 15% em 2018, para cerca de 350 milhões de euros. Só no primeiro semestre, o recuo seria de quase 30%, para 150 milhões de euros.
O mercado não esperava essa revisão de expectativas e penalizou a ação da companhia na bolsa de Paris. Há pouco, os papéis recuavam 15,2%, para 30,90 euros, menor nível desde fevereiro de 2016.
Na área de alta voltagem submarina, a Nexans disse que houve adiamentos de projetos que se iniciariam em 2018, mas as perspectivas continuam "sólidas". Em investimentos terrestres, a carteira de pedidos se enfraqueceu após um 2017 satisfatório e aponta para menor nível de atividade no segundo semestre.
Esses impactos, somados ao aumento de custos em 10 milhões de euros por provisões judiciais, deve derrubar a receita líquida da companhia em 160 milhões de euros ? considerando vendas orgânicas ? e o Ebitda, em 50 milhões de euros.
Para tentar mitigar o nervosismo dos investidores, a fabricante de cabos anunciou um programa de recompra de até 500 mil ações, ou pouco mais de 1% de seu capital social. O grupo deve cancelar até 400 mil papéis em tesouraria, para limitar a diluição causada por um aumento de capital com objetivo de remunerar funcionários e distribuir o restante dos ativos em outro plano de ações a empregados.
A Nexans registrou receita líquida de 6,4 bilhões de euros no ano passado, dos quais 6% vieram da América do Sul. No continente, Brasil e Peru são os principais contribuintes. O grupo segue em busca de um novo presidente-executivo mundial, após Arnaud Poupart-Lafarge anunciar que deixará a empresa. No Brasil, acaba de assumir um novo comandante, Thierry Costerg.
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