Pressão sobre emergentes derruba Ibovespa
O Ibovespa até reduziu perdas no pregão de hoje, mas não conseguiu se sustentar sequer nos 70 mil pontos. Em dia sem catalisadores domésticos, o ambiente no exterior bastante negativo para ativos de risco levou o índice a cair 1,33%, aos 69.815 pontos, depois de ter ido, na mínima, aos 69.360 pontos (-1,97%). O índice segue oscilando nos menores níveis em 10 meses.
As blue chips, que concentram liquidez e participação na bolsa, tiveram mais um dia negativo hoje, com destaque novamente para os bancos: Bradesco ON caiu 2,70%, Bradesco PN recuou 3,22% e Itaú Unibanco PN perdeu 2,03%. A Petrobras também ficou no vermelho, com a ON em baixa de 3,31%, enquanto a PN cedeu 3,14%. Quem novamente limitou ligeiramente as perdas do dia foi a Vale ON (+0,16%).
A sessão de hoje, no entanto, chamou a atenção pelo fraco volume. As ações do Ibovespa registraram giro de R$ 7,3 bilhões, bem abaixo dos R$ 9,2 bilhões médios negociados em junho e dos R$ 10,6 bilhões de giro médio nos pregões de 2018.
Desde maio, as saídas de investidores da bolsa passaram a vir acompanhadas de forte giro, que chegou a superar em mais de uma ocasião a marca dos R$ 10 bilhões, o que só ocorre, no geral, em dia de vencimento de opções. Hoje, mesmo com o exercício de opções sobre ações, o volume financeiro foi bastante limitado, o que significa que, mais do que cauteloso, o investidor está sem grande entusiasmo com a renda variável local.
"Bancos continuando caindo com força, e isso assusta, são papéis de peso, então quem opera, prefere operar na venda, enquanto quem está fora, evita entrar agora, porque não é o momento de montar posição", diz Ari Santos, gerente da mesa de operações da H. Commcor. "O Banco Central ainda está usando sua artilharia para defender o real, mas a volatilidade vem principalmente do ambiente externo, uma maré contra a qual não temos muita força."
Embora parte dos grandes bancos ainda mantenha alguns cenários para o Ibovespa perto ou acima dos 80 mil pontos, a pressão cambial recente, o aumento dos riscos para emergentes, a precificação de quatro altas do juro americano e as eleições no Brasil impedem a bolsa de traçar uma tendência positiva.
Desde as máximas históricas de fevereiro, o Ibovespa já cai cerca de 20%. No acumulado do mês, a baixa é de 9,04% e, no ano, o índice recua 8,62%. Das 67 ações que compõem o Ibovespa, apenas 16 ainda acumulam alta em 2018; os demais 51 ativos desvalorizam no ano e, desses, um total de 37 já cai mais do que o próprio Ibovespa.
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