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Ibovespa destoa do exterior e sobe perto de 3% com ajuda de bancos

19/06/2018 13h20

(Atualizada às 15h29) Na contramão das bolsas americanas, o Ibovespa tem uma sessão positiva nesta terça-feira, pouco afetado pela escalada nas tensões comerciais entre EUA e China. Após as fortes quedas dos últimos dias, os papéis do setor bancário disparam em bloco e puxam o índice para cima. Por outro lado, ações ligadas a commodities ? entre elas, a Vale ? apresentam viés negativo.

Após abrir em queda e chegar aos 69.069 pontos na mínima do dia (-1,07%), o Ibovespa começou a se recuperar e, por volta de 15h30, avançava 3,14%, aos 72.010 pontos.

Para um gestor que prefere não ser identificado, o acirramento das disputas comerciais entre americanos e chineses faz com que as expectativas em relação às empresas de commodities piorem, o que pode ser verificado no desempenho de Vale ON (-1,48%) e Suzano ON (-5,4%).

"Os últimos dias foram, provavelmente, um grande movimento técnico. Os investidores venderam as ações mais líquidas, bancos principalmente, para comprarem empresas exportadoras", diz o gestor, ressaltando que, hoje, os agentes de mercado fazem os ajustes necessários e desfazem tais operações.

As ações do setor bancário lideram os ganhos do Ibovespa, puxadas por Banco do Brasil ON (+7,67%)?Bradesco PN (+6%), units do Santander Brasil (+6,9%) e Itaú Unibanco PN (+5,7%) também sobem forte.

Para um analista gráfico, houve zeragem de posições no setor nos últimos dias, o que deixou os papéis sobrevendidos e abriu oportunidades de compra.

Os giros financeiros dos bancos e dos papéis ligados ao setor de commodities mostra que há uma forte concentração nestes ativos na sessão de hoje. Vale ON soma R$ 726 milhões e apresenta o maior volume de negociações, seguido por Itaú Unibanco PN, com R$ 520 milhões. Bradesco PN tem giro de R$ 266 milhões, enquanto Suzano ON apresenta R$ 155 milhões negociados até o momento. Ao todo, o Ibovespa já movimentou R$ 4,9 bilhões.