Um quarto dos paulistas está sem candidato a presidente, diz pesquisa
O instituto Paraná Pesquisas divulgou nesta quarta-feira (20) pesquisa de intenção de voto para presidente da República feita com eleitores do Estado de São Paulo.
O deputado federal Jair Bolsonaro (PSL-RJ) aparece na dianteira, mesmo que tecnicamente empatado com o segundo lugar, nos três cenários testados.
O que variou de um cenário para o outro foi o candidato do PT na disputa. Um traz o ex-ministro Fernando Haddad, o outro, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e outro ainda, o ex-ministro Jaques Wagner.
No cenário 1, Bolsonaro tem 21%; o ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB), 18%; Marina Silva (Rede), 11%; Ciro Gomes (PDT), 8%; e Haddad, 5%.
Responderam "nenhum" ou "não sei" 26% dos entrevistados.
No cenário 2, Bolsonaro tem 20%; Lula, 19%; Alckmin, 16%; Marina, 9%; e Ciro, 5%. Responderam "nenhum" ou "não sei" 21% dos entrevistados.
No cenário 3, Bolsonaro tem 21%; Alckmin, 19%; Marina, 12%; Ciro, 8%; e Alvaro Dias (Pode), 4%. Jaques Wagner aparece com apenas 1% da preferência.
Responderam "nenhum" ou "não sei" 27% dos entrevistados.
Paulistas
O Paraná Pesquisas perguntou aos paulistas ainda se Alckmin "merece ser presidente face às administrações que fez no Estado". A resposta "não" somou 58%, enquanto o "sim", 37%. O tucano governou São Paulo por 13 anos.
A sondagem traz dados também sobre quem seria o maior cabo eleitoral para um presidenciável. Quase um terço (32%) disse que votará em quem for indicado "pelos militares"; 21% no indicado de Lula; 17% no indicado por empresários. Apenas 2% disse que votaria em alguém indicado pelo presidente Michel Temer (MDB).
O mandatário, aliás, foi avaliado na sondagem como ruim ou péssimo por 82% das pessoas. Em fevereiro, no estudo da Paraná Pesquisas, essa fatia era de 70%.
A pesquisa foi feita com eleitores do Estado de São Paulo, com uma amostra de 2 mil pessoas. As respostas foram colhidas por telefone entre 13 e 18 de junho, em 82 municípios paulistas. A margem de erro é de 2%.
O método do Paraná Pesquisas é questionado por estatísticos e institutos tradicionais, que trabalham com entrevistas face a face e com amostras de até 3 mil entrevistados.
"Bolsodoria"
A adesão ao discurso anti-PT pelo eleitorado paulista começa a formar no Estado o fenômeno "Bolsodoria", ou seja, de pessoas que pretendem votar em Bolsonaro para presidente e em João Doria (PSDB) para governador. A informação é do jornal "O Globo" desta quarta-feira.
Segundo a reportagem, o mecanismo desperta a atenção da pré-campanha de Alckmin, que tenta o Planalto mas está estacionado nas pesquisas, mesmo em São Paulo.
Alckmin está empatado com Bolsonaro em São Paulo com cerca de 15% das intenções de voto. O tucano calcula que tenha de obter pelo menos 30% dos votos no Estado no primeiro turno para ter chance de vitória.
De acordo com "O Globo", Doria é disparado a preferência número 1 dos que declaram voto em Bolsonaro em São Paulo. Ambos têm um discurso duro contra o PT e o ex-presidente Lula.
Trechos não divulgados de uma pesquisa Datafolha feita em abril mostram que, em vários cenários, os apoiadores de Bolsonaro aparecem em maior quantidade entre o eleitorado de Doria do que os simpatizantes de Alckmin.
A fatia dos bolsonaristas representa de 20% a 23% do eleitorado do tucano, enquanto a dos alckmistas vai de 18% a 23%.
O fenômeno "Bolsodoria" seria semelhante ao "Lulécio", que aconteceu em 2006 em Minas Gerais, quando os eleitores decidiram votar em Lula para presidente e Aécio Neves (PSDB) para governador. O movimento, na época, colaborou para tirar Alckmin do páreo pela Presidência.
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