Indústria perdeu 401 mil empregos no auge da recessão, aponta IBGE
As indústrias de transformação e extrativa cortaram 401 mil postos de trabalho em 2016. No total, 2.085 empresas desses setores fecharam as portas. Naquele ano, o país vivia o auge da recessão, iniciada no fim de 2014. Em 2015, o Produto Interno Bruto (PIB) caiu 3,5%; um ano depois, houve outra queda de 3,5%.
Segundo a Pesquisa Industrial Anual 2016, divulgada nesta quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), a indústria ocupava 7,74 milhões de pessoas em 2016, 5% a menos que no ano anterior (8,14 milhões). As reduções foram especialmente grandes em segmentos industriais como produção de minerais não metálicos (-56.593 pessoas) e fabricação de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis (-35.622 pessoas).
O número de empresas ativas, por sua vez, passou de 323,3 mil em 2015 para 321,2 mil um ano depois. O fechamento de empresas superou o número de aberturas principalmente na atividade de produção de móveis (-2.944 empresas). Dependente de crédito, o segmento foi duramente afetado pelo período de recessão econômica.
Já a receita líquida das empresas do setor industrial atingiu R$ 2,81 trilhões em 2016 em valores correntes - sendo R$ 112,5 bilhões do setor extrativo e R$ 2,4 trilhões da indústria de transformação. O valor é 1,1% menor do que no ano anterior. Pouco mais da metade (54,7%) da receita líquida total estava concentrada na região Sudeste.
Ainda segundo o levantamento, os gastos com pessoal dessas empresas alcançaram em torno de R$ 443 bilhões em 2016, em valores correntes. Também em 2016, o valor bruto da produção, dessas empresas, atingiu R$ 2,5 trilhões.
As cinco atividades com maior participação na receita das empresas foram fabricação de produtos alimentícios (23,2%); fabricação de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis (10,4%); fabricação de produtos químicos (10,1%); fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias (7,8%); e metalurgia (5,8%).
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