Juros futuros recuam na semana, com decisão do Copom
Os contratos de juros futuros acumulam queda na semana com a decisão de manutenção da taxa básica em 6,5% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom), mostrando algum alívio em relação aos momentos de estresse que o mercado enfrentou nos dias anteriores.
O DI janeiro/2019 saiu de 7,3%, no ajuste da sexta-feira (15) para 7,035% nesta sexta (22). O DI janeiro/2020 foi de 9,04% para 8,68% na mesma base de comparação, e, o janeiro/2025, de 11,98% para 11,92%. A parte mais curta da curva se ajustou à manutenção da taxa, enquanto anteriormente era precificado risco de elevação. As incertezas com o futuro, no entanto, persistem, o que é evidenciado no movimento contido no prazo mais longo.
Futuro incerto
Enquanto a decisão veio em linha com o esperado, no comunicado o comitê deixou de fazer referências sobre os seus próximos passos, seguindo o cenário externo mais difícil e as incertezas trazidas pela greve dos caminhoneiros sobre o comportamento da inflação e da atividade. A mensagem transmitida foi de que o juro básico será elevado quando for necessário e confirmou a falta de clareza para o futuro.
Tanto a manutenção da Selic quanto o comunicado foram bem recebidos por economistas, mas a curva de juros segue precificando possibilidade de elevação na reunião do Copom de agosto. As incertezas não foram eliminadas e quanto mais longo o prazo de vencimento do contrato de DI, maior o prêmio exigido por investidores.
Intervenções
Apesar de a curva de juros ainda se manter em patamar alto, a semana foi mais tranquila na esteira das intervenções do Banco Central, com a venda de US$ 5 bilhões em novos contratos de swap cambial, e pelos leilões de troca do Tesouro Nacional. O Tesouro recomprou um total R$ 16,9 bilhões de títulos desde 28 de maio, incluindo NTN-B, NTN-F e LTN, e movimentou R$ 838 milhões com a venda de títulos.
Lula
Começou a chamar a atenção dos investidores ainda, nesta semana, o cenário político. Na próxima terça-feira (26), a segunda turma do Supremo Tribunal Federal (STF) vai julgar um pedido da defesa de Luiz Inácio Lula da Silva para suspender a condenação do ex-presidente. A liberação do recurso para o julgamento foi do ministro relator da "Operação Lava-Jato" no Supremo, Edson Fachin.
"Não vejo o mercado melhorando muito por causa das incertezas sobre o Lula. Temos na próxima semana o julgamento no Supremo e isso tem sido um foco de preocupação, sim", afirma Paulo Petrassi, sócio e gestor da Leme Investimentos.
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