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Mercado revê PIB para baixo pela 8ª semana e espera inflação maior

25/06/2018 08h46

(Atualizada às 8h52) A mediana das projeções do mercado para o crescimento da economia em 2018 caiu pela oitava semana consecutiva, de 1,76% para 1,55%, segundo a pesquisa semanal Focus, do Banco Central (BC), divulgada nesta segunda-feira.

Em seu auge no ano, no fim de fevereiro, o ponto médio do sistema de expectativas era de uma expansão de 2,92% no Produto Interno Bruto (PIB) neste ano. Para 2019, a estimativa também sofreu recuo, no caso o terceiro consecutivo, para 2,60% de crescimento.

No dia 30 de maio, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que a economia brasileira cresceu 0,4% no primeiro trimestre de 2018, em relação aos três meses antecedentes. Embora o número tenha vindo pouco acima das estimativas do mercado ? os economistas consultados pelo Valor Data, por exemplo, tinham uma expectativa média de um crescimento de 0,3% ?, a diferença parece ser insuficiente para compensar as prováveis perdas provocadas pelos mais de dez dias de paralisação dos caminhoneiros no PIB do segundo trimestre.

Isso, somado à desaceleração do investimento e ao fraco desempenho da indústria e dos serviços no começo do ano, vem provocando a revisão para baixo por parte de diversas casas de análise e instituições financeiras em suas projeções para o PIB brasileiro de uma faixa de 0,8% para próximo de zero no segundo trimestre e de mais de 2% para cerca de 1,5% em 2018 como um todo.

No caso da inflação, a mediana das projeções dos economistas do mercado passou de 3,88% para 4% em 2018. Foi a sexta elevação consecutiva.

Para os próximos 12 meses, a previsão para a alta do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) saiu de 4,39% para 4,22%. Com relação a 2019, a estimativa se manteve em 4,10%.

Entre os economistas que mais acertam as previsões, os chamados Top 5, de médio prazo, a mediana para a inflação de 2018 subiu de 3,83% para 3,84% e se manteve em 4% para 2019.

As estimativas para a taxa básica de juros, Selic, não sofreram alterações: ficaram em 6,50% para o fim de 2018 e 8% no encerramento de 2019 tanto entre os economistas em geral quanto entre os Top 5 de médio prazo.

Câmbio

Os economistas do mercado decidiram elevar suas apostas para o dólar no fim de 2018, de R$ 3,63 para R$ 3,65, segundo a mediana das estimativas. Para 2019, a projeção seguiu em R$ 3,60.

Entre os economistas Top 5, de médio prazo, as apostas permaneceram em dólar a R$ 3,50 no fim de 2018 e em R$ 3,63 em dezembro de 2019.

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