Números do Usda reanimam mercado internacional da soja e do milho
O aguardado relatório de novembro do Usda (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), divulgado no dia 8, oxigenou o mercado internacional de grãos, principalmente para o milho e para a soja.
Após não divulgar os números em outubro --a primeira vez em mais de 40 anos--, o departamento centrou as atenções do mercado e não frustrou as expectativas. Conforme o esperado, o Usda elevou as estimativas de safra de milho e de soja, decorrência do clima favorável ao desenvolvimento das lavouras nos últimos meses.
No caso da soja, o Usda indicou produção de 88,7 milhões de toneladas, número que superou até mesmo a mais otimista estimativa dos operadores de mercado. Mas, então, por que as cotações subiram?
O motivo para a elevação foi a revisão nos dados de demanda. O departamento revisou para cima a projeção para esmagamento dos Estados Unidos e também o número para as exportações.
E o sentimento entre os participantes do mercado é de que a procura, principalmente por parte da China, deverá ser ainda maior, o que obrigará o Usda a fazer novas revisões.
No caso do milho, o Usda confirmou que os produtores norte-americanos colherão a maior safra da sua história: 355, 3 milhões de toneladas. Mas o número ficou abaixo do esperado pelo mercado, determinando a recuperação das cotações futuras do cereal.
Para o produtor brasileiro, que está plantando a safra de verão, as notícias não poderiam ter sido melhores. O fato de o mercado internacional de soja ter reagido positivamente, mesmo com a expectativa de maior oferta americana, encaminha um quadro bastante favorável.
Nada melhor para o sojicultor nacional do que colher uma safra cheia --a expectativa é de novo recorde, superando 89 milhões de toneladas-- com preços em elevação. Mesmo com aumento na produção dos três principais produtores mundiais (Brasil, Argentina e Estados Unidos), os estoques deverão seguir ajustados, mantendo cotações firmes.
No milho, qualquer reação nos preços internacionais significa um quadro de alívio. Os produtores deverão reduzir o cultivo do cereal na atual temporada, devido à queda nas cotações.
Além do recuo internacional, o milho é prejudicado pelas dificuldades de escoar a produção, principalmente do Centro-Oeste, reflexo dos problemas de logística e infraestrutura.
A queda na produção nacional é irreversível, mas pode ser amenizada com uma reação no exterior, que motivariam o cultivo na segunda safra. Recentemente, a agência Safras indicou que a safra será de 75 milhões de toneladas, 7 milhões a menos do que em 2012/2013.
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