UOL News Economia #6: Como se aposentar com R$ 1 milhão na conta
A aposentadoria é o sonho de qualquer brasileiro que tem como meta viver a melhor idade com conforto. O sexto episódio do podcast UOL News Economia, apresentado pelo repórter João José Oliveira, responde à seguinte pergunta: "é possível se aposentar com R$ 1 milhão?".
Ao todo, são oito episódios com dicas sobre investimentos, sempre publicados às sextas-feiras. Planejador financeiro e sócio da Fiduc, Valter Police esclarece que é possível, sim, chegar aos 60 anos com autonomia financeira e qualidade de vida. Para isso, no entanto, é necessário adicionar dois ingredientes: planejamento e antecedência.
Confira o episódio, na íntegra, no arquivo acima.
O especialista afirma que quanto mais cedo o investidor começar a aplicar dinheiro, mais rápido poderá alcançar seus objetivos. Independente de ter 25, 30 ou 40 anos, o importante é se mexer e entender quais medidas terão de ser tomadas para encurtar o prazo de retorno dos investimentos No caso do Tesouro Selic, modalidade de renda fixa bem conhecida do brasileiro, o tempo médio para chegar ao primeiro milhão é de 40 anos; na poupança, são 49. Para chegar a essa estimativa, Police levou em consideração o investimento mensal de R$ 500 e a taxa básica de juros fixada em 6,25%.
"Para acumular patrimônio ao longo de muito tempo, investimentos como a caderneta de poupança não são indicados, porque têm retorno muito baixo", afirma o especialista (ouça a partir de 8:18).
Ele compreende que o Tesouro Selic, por sofrer menos oscilação de mercado, é mais viável para quem quer ganhar renda sem se arriscar, mesmo com o pagamento de imposto de renda. "Se eu desconto o imposto, em vez de um pouco menos de 40 anos, vai para algo como 42 anos. Ainda assim é bem menos do que na caderneta de poupança", observa (a partir de 9:54).
Se a espera parece longa, Police recomenda que o investidor deve diversificar sua carteira de investimentos para reduzir a jornada do R$ 1 milhão. "Se você pensar em ações, também já descontando a inflação, esse prazo vai para algo em torno de 30 anos. É muita coisa, mas estamos falando de investir R$ 500 por mês. São valores baixos para quem quer um valor muito alto. O ideal é que a pessoa saiba que só a renda fixa não vai funcionar para o longo prazo", aconselha (a partir de 14:10).
Ainda, o especialista da Fiduc sinaliza que há tipos de investimento que oferecem proteção contra o aumento geral dos preços, como é o caso do Tesouro IPCA+, título que devolve o dinheiro corrigido pela inflação e por uma taxa de juros. Mas Police alerta: "Essa combinação só vale se você deixar aquele investimento até o final, porque estamos falando de 10 anos, 20 anos. No meio do caminho vai variar. Se você cumprir o prazo, ele garante o retorno pela inflação" (a partir de 16:09).
É no momento crucial de alguma incerteza política que o investidor iniciante pode cair no limbo de querer recuperar o dinheiro antes da hora. Valter Police garante que se trata de uma ilusão que vem acompanhada de perdas.
"Se você entendeu que oscilação não é perda de dinheiro, fale com bons fornecedores de investimentos que tenham alinhamento de interesse com você. Deixe eles te ajudarem a montar uma carteira verdadeiramente diversificada e esquece. Uma vez por ano você vai lá, conversa, faz alguns ajustes, isso é natural. Mas acompanhar o mercado em bases diárias: 'a Bolsa caiu, o que tenho que fazer'. Nada. Você tem que ganhar mais dinheiro e guardar, essa é a sua parte", encerra (a partir de 18:46).
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