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Carla Araújo

REPORTAGEM

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Deputado pede apuração de conduta de Onyx à PGR e à Comissão de Ética

Ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Onyx Lorenzoni, em evento no Planalto - Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Onyx Lorenzoni, em evento no Planalto Imagem: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Do UOL, em Brasília

30/06/2021 09h40

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As declarações do ministro da Secretaria Geral, Onyx Lorenzoni, que no dia 23 de junho afirmou que o governo mandaria investigar o deputado Luiz Miranda (DEM-DF) e seu irmão, o servidor da Saúde, Luis Ricardo Fernandes Miranda, por denunciarem o suposto esquema de irregularidade na compra da covaxin, devem ser avaliadas pela Comissão de Ética da Presidência da República e pela Procuradoria-Geral da República.

O deputado do PSOL, Ivan Valente, enviou ontem aos dois órgãos uma representação em que afirma que Onyx cometeu crimes de improbidade e abuso de autoridade.

"A instauração de procedimento administrativo contra o servidor do Ministério da Saúde anunciada pelo Ministro-Chefe da Secretaria de Governo da Presidência da República, Onyx Lorenzoni, em entrevista coletiva é absolutamente ilegal. Mais do que isso, configura crime", diz a representação enviada à PGR.

A representação diz ainda que caso o servidor soubesse das irregularidades e não as denunciasse poderia estar prevaricando, justamente o crime pelo qual um grupo de parlamentares defende que o presidente Jair Bolsonaro responda.

Segundo a representação, "o servidor em questão tinha a obrigação de trazer à tona as irregularidades de que teve conhecimento, sob pena de responder por prevaricação".

Em sua fala do dia 23, o ministro Onxy, bastante irritado, disse que o deputado Miranda seria punido não apenas pela Justiça, mas também por Deus. "O senhor não vai se entender só com Deus, vai se entender com a gente também", disse Onyx, na ocasião.

No dia seguinte, o deputado Luis Miranda afirmou que foi vítima de ameaças e protocolou um pedido de prisão por coação contra o ministro e o assessor da Casa Civil Élcio Franco à CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Covid no Senado.

Procurado pela coluna, o ministro respondeu, por meio de sua assessoria, que não teme nenhuma apuração. "Tenho a verdade comigo. E quem tem a verdade nada teme. Só a Deus", disse.