Petrobras despenca 11% e puxa maior queda da Bolsa em três anos
Uma forte queda nas ações da Petrobras fez com que o Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, fechasse em queda de 4,52% nesta segunda-feira (29), aos 54.625,35 pontos. É a maior queda percentual diária desde 9 de setembro de 2011, quando a Bovespa caiu 4,8%.
A ação preferencial da Petrobras (PETR4), que dá prioridade na distribuição de dividendos, despencou 11,17%, e foi responsável, sozinha, por 20% dos negócios da Bolsa. A estatal é uma das empresas mais afetadas pelas expectativas em relação às eleições do domingo.
Na última sexta, o Datafolha divulgou uma alta na intenção de votos para a atual presidente, Dilma Rousseff, que tem sido criticada pelo mercado por causa da condução de sua política econômica e por intervenções nas empresas estatais.
No mercado de câmbio, o dólar comercial fechou em alta de 1,64%, a R$ 2,456 na venda. É o maior valor de fechamento desde 9 de dezembro de 2008, durante a crise financeira internacional, quando o dólar fechou em R$ 2,473.
Mantega minimiza efeito de eleição no mercado
As oscilações do mercado financeiro --com queda da Bolsa e alta do dólar-- são resultado de instabilidade no cenário internacional, afirmou o ministro da Fazenda, Guido Mantega. Ele disse acreditar que o efeito das eleições "é uma parte pequena da flutuação" atual dos mercados.
O mercado reagiu mal às últimas pesquisas eleitorais, que mostraram melhora de Dilma na disputa pela reeleição.
Expectativa com eleições derruba bancos e estatais
A expectativa com as eleições presidenciais no próximo final de semana puxou as ações de estatais, bancos e exportadoras. Além da ação preferencial da Petrobras, que teve a maior queda do Ibovespa, a ação ordinária (PETR3) fechou em queda de 10,44%, a R$ 17,75.
O papel do Banco do Brasil (BBAS3) também apareceu entre as maiores quedas, perdendo 8,55%, a R$ 27,28. A ação do Itaú (ITUB4) recuou 7%, a R$ 35,06; a do Bradesco (BBDC4) perdeu 7,03%, a R$ 35,69.
Protestos em Hong Kong influenciam mercados internacionais
A maioria das Bolsas internacionais fechou em queda por causa da insegurança causada pelos protestos populares em Hong Kong.
O índice Hang Seng, de Hong Kong, fechou em queda de 1,9%. A Bolsa de Sydney teve queda de 0,93%; Taiwan perdeu 0,32%; Coreia do Sul caiu 0,25%; Cingapura fechou quase estável, com leve queda de 0,08%. A Bolsa do Japão subiu 0,5%, e a da China, ganhou 0,43%.
Na Europa, bancos e grupos de luxo foram os mais afetados. A Bolsa de Madri, na Espanha, recuou 1,52%; a da Itália perdeu 1,29%; o índice da França perdeu 0,83%.
A Alemanha fechou em queda de 0,71%; Portugal caiu 0,22%; a Bolsa de Londres, na Inglaterra, fechou quase estável, com leve queda de 0,04%.
(Com Reuters)
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.