Dólar tem 3ª queda e se aproxima dos R$ 3, no menor valor em mais de um mês
O dólar comercial fechou em queda pelo terceiro dia seguido nesta quinta-feira (16) e se aproximou dos R$ 3. A moeda norte-americana recuou 0,58%, cotada a R$ 3,017 na venda. Assim, a moeda se mantém no menor valor de fechamento em mais de um mês, desde 5 de março, quando valia R$ 3,012.
O marco já havia sido atingido na véspera, quando o dólar havia fechado em queda de 0,94%, a R$ 3,034.
Em dia de poucos indicadores econômicos nacionais, o resultado da sessão foi influenciado pela divulgação de dados sobre o mercado de trabalho nos Estados Unidos.
O Departamento de Trabalho dos EUA informou que, na semana passada (de 5 a 11 de abril), aumentou em 12 mil o número de pedidos de auxílio-desemprego.
O indicador é um dos termômetros da economia norte-americana avaliados pelo Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA) para determinar quando haverá aumento nas taxas de juros do país.
O aumento de juros lá é visto como negativo para o Brasil porque poderia atrair para os EUA recursos atualmente investidos aqui e em outros países.
Nesta quinta, o presidente do Fed de Atlanta, no Estado da Geórgia, Dennis Lockhart, disse que o indicador de auxílio -desemprego, dentre outros, mostra desaceleração da economia. Por isso, ele diz preferir que o banco aumente os juros apenas no final do ano.
Atuações do BC brasileiro
O Banco Central realizou mais um leilão para rolar contratos antigos de swap cambial tradicional (equivalentes à venda futura de dólares) que vencem em 4 de maio. Foram vendidos 10,6 mil contratos: 9.400 para 1º de março de 2016 e os outros 1.200 com vencimento em 3 de outubro do ano que vem.
A operação movimentou o equivalente a US$ 518,3 milhões. Até o momento, o BC rolou US$ 5,655 bilhões, ou o equivalente a cerca de 56% do lote total com vencimento em maio, correspondente a US$ 10,115 bilhões.
Os leilões de rolagem servem para adiar os vencimentos de contratos que foram vendidos no passado.
Em março, o BC encerrou seu programa de atuações no mercado de câmbio, em que vendia, todo dia, novos contratos de swap com o objetivo de evitar um forte avanço da moeda norte-americana. Não há mais negociação de novos contratos desde março.
(Com Reuters)
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