Renovar a fé do mundo na Microsoft, o grande desafio de seu novo diretor
S¥O FRANCISCO, Estados Unidos, 05 Fev 2014 (AFP) - Satya Nadella, nomeado na terça-feira como diretor-geral de Microsoft após 22 anos em diversas áreas da empresa, tem um grande desafio pela frente segundo os analistas: renovar a confiança do mundo neste histórico gigante da tecnologia.
Este engenheiro de origem indiana de 46 anos, especializado em serviços de computação na nuvem ("cloud computing"), tem as habilidades e os recursos necessários para fazê-lo, afirmaram especialistas à AFP.
"O primeiro passo para tirar uma empresa do buraco é fazer com que as pessoas acreditem", explicou o analista do Vale do Silício, Rob Enderle, para quem Nadella tem como desafio "reparar a imagem da Microsoft".
"As pessoas têm que ver a companhia como uma estrela em ascensão e não como uma empresa herdada que já passou da moda", opinou.
A Microsoft construiu seu império graças a softwares como o sistema operacional Windows e o pacote Office, comercializados em forma de licenças para os fabricantes de computadores ou em pacotes para instalar nos computadores pessoais ou de escritório.
Contudo, os PCs sofrem agora a concorrência dos smartphones e tablets, onde dominam a Apple e o Android, o sistema operacional do Google usado por vários fabricantes como a Samsung.
Os computadores também têm que enfrentar uma nova onda que já está chegando ao mercado, a da tecnologia "para vestir", como os óculos conectados à internet do Google.
Apple e Android conseguiram se posicionar no mercado graças a "ecossistemas" amigáveis aos usuários de serviços e conteúdos digitais adaptados aos dispositivos móveis.
As tentativas da Microsoft de adentrar no mundo dos smartphones e dos tablets não foram de todo bem-sucedidas, embora a empresa tenha lançado aparelhos que os analistas avaliaram de forma positiva, e os equipado com softwares sofisticados.
A Microsoft renovou especialmente seu sistema Windows para adaptá-lo às telas de toque, mas as vendas da nova versão foram decepcionantes.
Em uma conferência pela Internet, Nadella - que estudou engenharia na Índia e depois informática e administração de empresas nos Estados Unidos - anunciou que se propõe a focar na inovação em áreas onde a Microsoft tem forças únicas que não podem ser replicadas por suas rivais.
Aposta nas empresas?
A escolha de Nadella como diretor geral parece indicar que o conselho da Microsoft vê o futuro da empresa na computação na nuvem e nos serviços para as empresas, duas áreas onde este executivo tem grande experiência.
Além de promover o uso de seus populares programas "na nuvem", a Microsoft poderia oferecer outros serviços às empresas, por exemplo, no âmbito da segurança da informação.
Na conferência pela internet, Nadella mencionou a possibilidade de trabalhar com as empresas para ajudá-las a manter seus sistemas seguros, no contexto de um uso cada vez maior dos smartphones e tablets tanto no trabalho como nas casas.
O analista Tim Bajarin, da Creative Strategies, que acompanha o desenvolvimento da Microsoft por mais de três décadas, propôs, em uma publicação em techpinions.com, seu plano para uma melhora da empresa.
Bajarin acredita que o melhor é dividi-la em três partes: uma dedicada a empresas e serviços "na nuvem", outra ligada aos dispositivos móveis e uma terceira para entretenimento e jogos para os consoles Xbox, o único verdadeiro sucesso da Microsoft em termos de equipamentos.
Criando divisões específicas, a empresa teria mais possibilidades de competir contra a Apple, Google e Samsung, segundo Bajarin. "Se não fizerem algo drástico neste sentido, todo o negócio da Microsoft continuará caindo", disse.
Outro desafio que Nadella enfrenta é evitar que as receitas caiam durante a inevitável transição da venda de software, sua fonte histórica de lucros, a assinaturas dos serviços na nuvem.
"Há só uma coisa que podem ter, e é liderar", disse o analista Merv Adrian. "Há uma impressão de que têm ficado para trás" e o desafio de Nadella é "reverter isso na percepção e na ação".
Em sua primeira conversa com os funionários da empresa após ser nomeado, Nadella não hesitou em parafrasear Oscar Wilde para mostrar sua visão sobre o futuro da Microsoft: "Precisamos acreditar no impossível e remover o improvável".
Este engenheiro de origem indiana de 46 anos, especializado em serviços de computação na nuvem ("cloud computing"), tem as habilidades e os recursos necessários para fazê-lo, afirmaram especialistas à AFP.
"O primeiro passo para tirar uma empresa do buraco é fazer com que as pessoas acreditem", explicou o analista do Vale do Silício, Rob Enderle, para quem Nadella tem como desafio "reparar a imagem da Microsoft".
"As pessoas têm que ver a companhia como uma estrela em ascensão e não como uma empresa herdada que já passou da moda", opinou.
A Microsoft construiu seu império graças a softwares como o sistema operacional Windows e o pacote Office, comercializados em forma de licenças para os fabricantes de computadores ou em pacotes para instalar nos computadores pessoais ou de escritório.
Contudo, os PCs sofrem agora a concorrência dos smartphones e tablets, onde dominam a Apple e o Android, o sistema operacional do Google usado por vários fabricantes como a Samsung.
Os computadores também têm que enfrentar uma nova onda que já está chegando ao mercado, a da tecnologia "para vestir", como os óculos conectados à internet do Google.
Apple e Android conseguiram se posicionar no mercado graças a "ecossistemas" amigáveis aos usuários de serviços e conteúdos digitais adaptados aos dispositivos móveis.
As tentativas da Microsoft de adentrar no mundo dos smartphones e dos tablets não foram de todo bem-sucedidas, embora a empresa tenha lançado aparelhos que os analistas avaliaram de forma positiva, e os equipado com softwares sofisticados.
A Microsoft renovou especialmente seu sistema Windows para adaptá-lo às telas de toque, mas as vendas da nova versão foram decepcionantes.
Em uma conferência pela Internet, Nadella - que estudou engenharia na Índia e depois informática e administração de empresas nos Estados Unidos - anunciou que se propõe a focar na inovação em áreas onde a Microsoft tem forças únicas que não podem ser replicadas por suas rivais.
Aposta nas empresas?
A escolha de Nadella como diretor geral parece indicar que o conselho da Microsoft vê o futuro da empresa na computação na nuvem e nos serviços para as empresas, duas áreas onde este executivo tem grande experiência.
Além de promover o uso de seus populares programas "na nuvem", a Microsoft poderia oferecer outros serviços às empresas, por exemplo, no âmbito da segurança da informação.
Na conferência pela internet, Nadella mencionou a possibilidade de trabalhar com as empresas para ajudá-las a manter seus sistemas seguros, no contexto de um uso cada vez maior dos smartphones e tablets tanto no trabalho como nas casas.
O analista Tim Bajarin, da Creative Strategies, que acompanha o desenvolvimento da Microsoft por mais de três décadas, propôs, em uma publicação em techpinions.com, seu plano para uma melhora da empresa.
Bajarin acredita que o melhor é dividi-la em três partes: uma dedicada a empresas e serviços "na nuvem", outra ligada aos dispositivos móveis e uma terceira para entretenimento e jogos para os consoles Xbox, o único verdadeiro sucesso da Microsoft em termos de equipamentos.
Criando divisões específicas, a empresa teria mais possibilidades de competir contra a Apple, Google e Samsung, segundo Bajarin. "Se não fizerem algo drástico neste sentido, todo o negócio da Microsoft continuará caindo", disse.
Outro desafio que Nadella enfrenta é evitar que as receitas caiam durante a inevitável transição da venda de software, sua fonte histórica de lucros, a assinaturas dos serviços na nuvem.
"Há só uma coisa que podem ter, e é liderar", disse o analista Merv Adrian. "Há uma impressão de que têm ficado para trás" e o desafio de Nadella é "reverter isso na percepção e na ação".
Em sua primeira conversa com os funionários da empresa após ser nomeado, Nadella não hesitou em parafrasear Oscar Wilde para mostrar sua visão sobre o futuro da Microsoft: "Precisamos acreditar no impossível e remover o improvável".
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