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Petróleo fecha acima dos 100 dólares em Nova York

10/02/2014 20h13

NOVA YORK, 10 Fev 2014 (AFP) - Os preços dos contratos futuros de petróleo fecharam nesta segunda-feira acima da barreira simbólica dos 100 dólares, em leve alta em um mercado prudente na véspera do discurso que a nova presidente do Federal Reserve fará e antecipando uma queda das reservas de petróleo.

O barril de "light sweet crude" (WTI) para entrega em março ganhou 18 centavos no New York Mercantile Exchange (Nymex), a 100,06 dólares.

Em Londres, o barril de Brent do mar do Norte com o mesmo vencimento fechou em 108,63 dólares no Intercontinental Exchange (ICE), em queda de 94 centavos em relação à sexta-feira.

A maioria dos investidores "espera outra forte queda das reservas em Cushing", disse James Williams, de WTRG Economics.

As reservas de petróleo nesse terminal, que servem de referência para a cotação do WTI, tinham alcançado níveis recorde no ano passado, afetando os preços de petróleo norte-americano.

Contudo, o funcionamento, em janeiro, da parte sul do oleoduto Keystone permitiu descongestionar Cushing, encaminhando muito mais petróleo para as refinarias do golfo do México.

"Isso deveria permitir que os preços do WTI se aproximem progressivamente dos do Brent", cotado em Londres, comentou James Williams.

A alta dos preços foi, contudo, limitada pela prudência que se observa no mercado antes da primeira intervenção pública da nova presidenta do Fed, depois de assumir o cargo dia 3 de fevereiro, que acontecerá na terça-feira no Congresso.

"O relatório mensal sobre emprego publicado na sexta-feira mostrou uma queda da taxa de desemprego, mas também uma fraca criação de empregos", lembrou Carl Larry da Oil Outlooks and Opinion. "A economia parece se estabilizar, mas a demanda de energia não vai ser tão sólida como queríamos", alertou.

"O mercado vai analisar o que Janet Yellen dirá amanhã, se vai sugerir uma nova flexibilização da política monetária atual do Fed, o que significa dinheiro fácil por um pouco mais de tempo", acrescentou. Essas medidas "beneficiam, em geral, os investimentos em matérias primas".

Os investidores observam de perto também a evolução da situação na Líbia, onde segundo Matt Smith da publicação de informação petroleira "The daily distillation", a produção subiu novamente a 600.000 barris diários depois dos problemas registrados recentemente em um oleoduto do oeste do país.