'Troika' faz última visita a Portugal, três anos depois do resgate
LISBOA, 22 Abr 2014 (AFP) - A 'troika' (UE-FMI-BCE) iniciou nesta terça-feira em Lisboa sua última análise do programa de austeridade de Portugal, que se prepara para seguir o exemplo irlandês e se tornar o segundo país da Zona do Euro a deixar com êxito a tutela de seus credores.
Portugal vai escapar da humilhação de um segundo plano de resgate: "Não é uma análise qualquer, é a última. É o exame que deve nos permitir conseguir a nossa autonomia política e financeira", insistiu o vice-primeiro-ministro Paulo Portas.
Muita aguardada pela população, a saída definitiva dos chamados "Homens de Preto" não deve, no entanto, acabar com o severo tratamento de austeridade em vigor há três anos.
A "disciplina orçamentária" foi a expressão mais repetida nas reuniões desta terça entre os representantes da 'troika' e dos partidos políticos.
"Temos uma certeza: o governo se comprometeu a manter a austeridade e continua a negociar mais cortes nos salários e nas aposentadorias", afirmou Eurico Brilhante Dias, um dos líderes da oposição socialista.
"Os problemas de Portugal não começaram com a chegada da 'troika' e não vão desparecer com a sua saída. Ainda temos um longo caminho a percorrer", reconheceu Miguel Frasquilho, deputado do partido do governo PSD (centro-direita).
O governo faz suspense sobre o destino do plano de ajuda previsto para o dia 17 de maio: Vai optar por uma linha de crédito de precaução ou por um retorno aos mercados à irlandesa, sem uma rede de segurança?
A resposta é aguardada para antes de 5 de maio, data da próxima reunião dos ministros das Finanças da Zona do Euro que deve oficializar o destino de Portugal, que recebeu um plano de ajuda de 78 bilhões de euros, cinco meses depois da Irlanda.
Em um teste crucial, Portugal tentará na quarta-feira voltar ao mercado da dívida de longo prazo, com sua primeira emissão regular para dez anos desde o seu pedido de ajuda, em abril de 2011.
"Portugal deve ser muito bem sucedido. Esta nova emissão é um passo a mais no caminho da saída do plano de ajuda sem linha de crédito adicional", comentou à AFP Jesus Castillo, analista do banco francês Natixis.
Outros, como o comissário europeu de Relações Econômicas Olli Rehn, defendem um programa de precaução, considerando "que é melhor prevenir do que remediar".
"Mesmo que a emissão de quarta-feira se revele um sucesso, isso não garante um percurso sem obstáculos. Os mercados são muito voláteis", disse Paula Carvalho, economista do Banco Português de Investimento.
Com o objetivo de tranquilizar seus credores sobre a manutenção do programa de rigor, Portugal já anunciou que vai economizar 1,4 bilhão de euros para 2015.
Portugal vai escapar da humilhação de um segundo plano de resgate: "Não é uma análise qualquer, é a última. É o exame que deve nos permitir conseguir a nossa autonomia política e financeira", insistiu o vice-primeiro-ministro Paulo Portas.
Muita aguardada pela população, a saída definitiva dos chamados "Homens de Preto" não deve, no entanto, acabar com o severo tratamento de austeridade em vigor há três anos.
A "disciplina orçamentária" foi a expressão mais repetida nas reuniões desta terça entre os representantes da 'troika' e dos partidos políticos.
"Temos uma certeza: o governo se comprometeu a manter a austeridade e continua a negociar mais cortes nos salários e nas aposentadorias", afirmou Eurico Brilhante Dias, um dos líderes da oposição socialista.
"Os problemas de Portugal não começaram com a chegada da 'troika' e não vão desparecer com a sua saída. Ainda temos um longo caminho a percorrer", reconheceu Miguel Frasquilho, deputado do partido do governo PSD (centro-direita).
O governo faz suspense sobre o destino do plano de ajuda previsto para o dia 17 de maio: Vai optar por uma linha de crédito de precaução ou por um retorno aos mercados à irlandesa, sem uma rede de segurança?
A resposta é aguardada para antes de 5 de maio, data da próxima reunião dos ministros das Finanças da Zona do Euro que deve oficializar o destino de Portugal, que recebeu um plano de ajuda de 78 bilhões de euros, cinco meses depois da Irlanda.
Em um teste crucial, Portugal tentará na quarta-feira voltar ao mercado da dívida de longo prazo, com sua primeira emissão regular para dez anos desde o seu pedido de ajuda, em abril de 2011.
"Portugal deve ser muito bem sucedido. Esta nova emissão é um passo a mais no caminho da saída do plano de ajuda sem linha de crédito adicional", comentou à AFP Jesus Castillo, analista do banco francês Natixis.
Outros, como o comissário europeu de Relações Econômicas Olli Rehn, defendem um programa de precaução, considerando "que é melhor prevenir do que remediar".
"Mesmo que a emissão de quarta-feira se revele um sucesso, isso não garante um percurso sem obstáculos. Os mercados são muito voláteis", disse Paula Carvalho, economista do Banco Português de Investimento.
Com o objetivo de tranquilizar seus credores sobre a manutenção do programa de rigor, Portugal já anunciou que vai economizar 1,4 bilhão de euros para 2015.
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