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Ucrânia: EUA proíbe comércio com Crimeia

19/12/2014 21h13

WASHINGTON, 19 dez 2014 (AFP) - Os Estados Unidos proibiram nesta sexta-feira os intercâmbios comerciais com a Crimeia, reagindo contra a anexação, por parte de Moscou, desta península ucraniana, anunciou o presidente Barack Obama.

O decreto presidencial proíbe qualquer intercâmbio de "bens, tecnologia e serviços" de ou para esta região, disse Obama um dia após a União Europeia adotar sanções similares.

"Peço novamente à Rússia que pare com sua ocupação, com suas tentativas de anexar a Crimeia e com seu apoio aos separatistas do leste da Ucrânia", declarou o presidente americano.

A União Europeia proibiu nesta quinta-feira qualquer investimento na região, anexada em março pela Rússia após um polêmico referendo.

"Minha administração seguirá trabalhando estreitamente com seus aliados e parceiros na Europa e no mundo para (...) apoiar a soberania e a integridade territorial da Ucrânia", destacou Obama.

O Tesouro americano acrescentou nesta sexta-feira a sua lista negra cerca de 20 líderes separatistas da Ucrânia acusados de "solapar" a estabilidade do país com o apoio da Rússia.

Mais cedo, o Canadá também anunciou a adoção de novas sanções contra a Rússia por seu apoio aos rebeldes do leste da Ucrânia, que envolvem os setores petroleiro, gasífero e a proibição sobre 20 dirigentes políticos russos e separatistas ucranianos de pisar no território canadense.

A proibição de viajar ao Canadá afeta, principalmente, os membros da Duma - a Câmara de Deputados russa - e os ministros da "pretendida República Popular de Donetsk", no leste da Ucrânia, precisou o primeiro-ministro canadense, Stephen Harper.

"O Canadá não aceitará a ocupação ilegal da Crimeia e a atividade militar persistente e provocadora no leste da Ucrânia", explicou Harper em seu comunicado, no qual não descarta novas sanções "se for o caso".

Ottawa decidiu também restringir a exploração e a extração de petróleo no Ártico e em águas profundas, acompanhando "as medidas análogas adotadas por União Europeia e Estados Unidos".